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Boletim Focus manipula dados para manter juros altos? Entenda a polêmica

Boletim Focus manipula dados para manter juros altos? Entenda a polêmica

O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Furtado, levantou uma nova discussão sobre a transparência e a integridade da política monetária no Brasil, que teria influências de um Boletim Focus “manipulado”. As informações são do jornal Folha de S. Paulo.

Furtado alega que o Boletim Focus do Banco Central, que as compila principais projeções do cenário econômico, traz um potencial risco moral devido ao impacto dessas previsões nas decisões do Comitê de Política Monetária do Banco Central, o Copom.

Na sexta-feira (14), Furtado solicitou que o TCU investigue a possível influência de bancos e instituições na definição de índices econômicos pelo comitê.

Ora, se a taxa de juros básica que conduzirá relações financeiras no país é definida levando em consideração previsões dos próprios agentes que irão reger tais relações, vejo que se pode estar diante de uma gama de possibilidades de manipulação de índices por essas instituições“, disse o subprocurador-geral.

Boletim Focus manipula dados? Entenda

Furtado sugere que a influência do Boletim Focus permitiria a manipulação das expectativas e decisões econômicas do Copom, o que pode favorecer instituições financeiras que estariam lucrando com operações baseadas nas projeções dos principais indicadores da economia.

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Vejo que se pode estar diante de fatos que podem comprovar que a definição da taxa básica de juros em níveis estratosféricos não possui o efeito de controlar a inflação, conforme alega o Bacen, mas sim o de quebrar o país, enriquecendo alguns aplicadores do mercado“, diz.

Além de solicitar a investigação sobre a influência dos bancos nas decisões do Copom, o subprocurador-geral pede que o TCU passe a monitorar a atuação dos membros do Copom após o término de seus mandatos.

O Copom decide mais uma vez sobre a taxa Selic nesta quarta-feira (19). A taxa Selic está atualmente em 10,50% ao ano, passando por um ciclo de corte desde agosto do ano passado. O mercado se divide entre os que esperam mais uma redução de 25 pontos-base e os que projetam manutenção dos juros.