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Boletim Focus volta a elevar projeção da Selic e prevê ausência de cortes adicionais em 2024

Boletim Focus volta a elevar projeção da Selic e prevê ausência de cortes adicionais em 2024

Mais uma vez, o Boletim Focus do Banco Central elevou a projeção da Selic para 2024 e 2025. No documento divulgado esta semana, a projeção da taxa básica de juros subiu de 10,25% ao ano para 10,50% em 2024. Importante lembrar que, há uma semana, a expectativa era de uma Selic de 10,25%.

Com essa previsão, os economistas esperam que o Comitê de Política Monetária (Copom) não realize mais cortes na Selic este ano. 

Atualmente, a Selic está em 10,50%, resultado de uma decisão dividida entre os membros do Copom. Na ata da última reunião, houve divergência entre os membros que queriam um corte de 25 pontos-base (todos indicados pelo governo anterior) e aqueles que defendiam o corte de 50 pontos-base (indicados pelo governo atual).

A elevação da expectativa para 2024 também impulsionou o crescimento da expectativa para o próximo ano. O Boletim Focus elevou a previsão de 9,25% para 9,50% em 2025.

Para 2026, a Selic se mantém em 9% há cinco semanas.

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Stephan Kautz, economista-chefe da EQI Asset, comentou, antes da divulgação do Focus, que o aumento das incertezas no cenário doméstico poderia estabilizar a taxa, o que não seria surpreendente.

Na semana passada, o mercado reagiu negativamente às declarações do presidente Luis Inácio Lula da Silva, indicando que o foco do governo está em aumentar a arrecadação, sem reduzir gastos. Ele defende que as contas públicas vão melhorar com dois ingredientes: queda dos juros e arrecadação. 

Em contrapartida, o mercado financeiro prefere outra receita: o corte de gastos.

O governo sofreu ainda uma derrota no Congresso, com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, rejeitando um trecho da MP 1.227 de 2024 que visava aumentar impostos em quase R$ 30 bilhões para compensar a desoneração da folha de 17 setores e municípios.

Boletim Focus: previsão de inflação sobe pela sexta semana seguida

Pela sexta semana consecutiva, o mercado elevou a expectativa do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). Desta vez, os economistas elevaram de 3,90% para 3,96%. Há quatro semanas, este número era de 3,80%.

Na semana passada, o IPCA subiu 0,46% em maio, acelerando em relação aos 0,38% de abril. A expectativa do mercado era por uma leitura menor, de 0,42%.

Essa surpresa altista não cai bem no momento em que o mercado está de olho na inflação de curto prazo”, aponta Kautz. 

No entanto, ele diz que a inflação vem se acomodando entre 3,5% e 4%, que é um patamar bom, dado que a economia ainda cresce bastante. O BC espera que ela fique próxima de 3% ao ano.

Nos próximos meses deve haver uma desaceleração, mas o mercado deve continuar sensível a esses dados. Mantemos a projeção de inflação em 3,9% ao ano, em uma revisão da expectativa anterior de 3,6%”, diz.

A expectativa da inflação oficial no Focus também subiu, pela sétima semana consecutiva, para o ano de 2025. O mercado espera um IPCA de 3,80%, ante os 3,78% da semana anterior. Há um mês, a previsão era de 3,74%.

Contudo, para 2026, os economistas mantiveram um IPCA de 3,60%.

PIB cai e dólar sobe

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), o mercado reverteu a tendência de alta das últimas semanas e prevê um PIB ligeiramente menor, passando da alta de 2,09% da semana passada para 2,08% nesta semana. No entanto, mesmo com a previsão menor de crescimento, ele ainda está acima dos 2,05% de um mês atrás.

Para 2025 e 2026, o mercado manteve o crescimento de 2%, que está estável há quase 30 semanas.

Já o dólar, o Boletim Focus promoveu uma forte elevação na expectativa da moeda americana. O câmbio saltou de R$ 5,05 da semana passada para R$ 5,13. Há quatro semanas, o valor estava em R$ 5,04.

Também houve elevações para o próximo ano, mas com uma intensidade bem menor. O mercado prevê um dólar em R$ 5,10, um centavo acima da previsão da semana passada. Há quatro semanas, a expectativa era de um dólar em R$ 5,05.

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