Nesta terça-feira (19), o vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, indicou que haverá espaço para discutir um possível corte nas taxas de juros em junho. Essa declaração alinha-se a uma série de autoridades que colocam a reunião de 6 de junho como um momento viável para iniciar o afrouxamento monetário.
Christine Lagarde, presidente do BCE, mencionou neste mês que o banco está começando a considerar a possibilidade de reduzir as taxas de juros diante da queda da inflação.
No entanto, os investidores estão um tanto céticos, e um corte total das taxas está sendo precificado apenas para julho, devido às preocupações de que o Federal Reserve (Fed), banco central americano, possa adiar sua decisão inicial – o que faria o BCE hesitar em agir sozinho.
“Não discutimos ainda futuras mudanças nas taxas”, afirmou De Guindos em uma entrevista ao jornal grego Naftemporiki. “Precisamos coletar mais informações. Em junho, também teremos nossas novas projeções e estaremos prontos para debater”, disse.
BCE e corte nas taxas de juros
Os presidentes dos bancos centrais da Espanha, Holanda, Irlanda, Grécia e Eslováquia expressaram publicamente seu apoio para que a decisão seja tomada em junho. Enquanto isso, o economista-chefe do BCE, Philip Lane, defendeu que isso aconteça no segundo trimestre, argumentando que o BCE terá “muito mais” informações até junho.
De Guindos apontou que o maior risco para esse cronograma é a combinação de um crescimento rápido dos salários com baixa produtividade.
“Isso representa um risco, especialmente para a inflação de serviços”, pontuou.
Japão põe fim a juros negativos
Também nesta terça, o Japão colocou fim aos juros negativos do país, encerrando um período de 17 anos de taxas de juros negativas e ajustando as taxas de depósito para 0,1%, de -0,1%.
A divulgação da política monetária da China está programada para ocorrer às 22h15 (horário de Brasília) desta terça-feira. A expectativa é por manutenção.
Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (Fed) inicia hoje sua reunião de política monetária, divulgando a decisão na tarde de quarta-feira. A projeção é de manutenção dos juros entre 5,25% e 5,50%, mas com possibilidades de citação à quantidade de cortes que serão promovidos este ano – o mercado espera que sejam ao menos três.
Brasil também define juros amanhã, com expectativa de que a Selic caia dos atuais 11,25% para 10,75%.
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