O Banco Central Europeu (BCE) divulgou nesta quinta-feira (22) sua ata da última reunião de política monetária, quando decidiu por manter os juros no patamar de 4,5% na terceira reunião seguida.
Segundo o documento, os membros que votam na decisão de juros consideram que a política adotada tem apresentado os resultados esperados. No entanto, houve consenso entre os membros de que era prematuro discutir cortes nas taxas.
Pela primeira vez em muitas reuniões, as autoridades destacaram que os riscos para atingir a meta de inflação foram considerados mais equilibrados. O documento ressaltou que, de maneira geral, os membros do BCE concordaram que a continuidade, a cautela e a paciência ainda são necessárias.
As expectativas em relação a possíveis cortes nos juros oscilaram ao longo do ano. Em determinado momento, os mercados antecipavam que o BCE poderia iniciar os cortes já em março. Contudo, resistências, mudanças nas expectativas em relação ao Federal Reserve (Fed), indicadores positivos de crescimento e novos detalhes sobre as pressões inflacionárias levaram a um adiamento das expectativas, que agora apontam para junho.
A própria Christine Lagarde, presidente do BCE, já chegou a afirmar que o corte de juros só virá no verão europeu.
Zona do euro: Inflação ao consumidor recua de dezembro para janeiro
Hoje também foi divulgado o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) de janeiro, que subiu 2,8% na comparação anual, em linha com o esperado. Ante dezembro, a inflação recuou 0,4%.


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