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Balança Comercial de maio registra superávit de US$ 7,24 bi, abaixo das expectativas

Balança Comercial de maio registra superávit de US$ 7,24 bi, abaixo das expectativas

A Balança Comercial de maio de 2025 registrou superávit de US$ 7,238 bilhões, resultado inferior às expectativas do mercado, que projetavam saldo positivo de US$ 8,3 bilhões.

As exportações somaram US$ 30,156 bilhões no mês, registrando queda marginal de 0,1% na comparação com maio do ano anterior. 

Já as importações totalizaram US$ 22,917 bilhões, com crescimento mais expressivo de 4,7% no mesmo período comparativo. 

A combinação desses fatores resultou em um superávit 12,8% menor que o registrado em maio de 2024.

A corrente de comércio – soma das exportações e importações – alcançou US$ 53,07 bilhões, representando crescimento de 1,9% em relação ao mesmo mês do ano passado.

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Balança comercial de maio: acumulado do ano mostra tendência de desaceleração

No acumulado de janeiro a maio de 2025, os números revelam uma trajetória mais preocupante. O saldo comercial atingiu US$ 24,431 bilhões, representando queda significativa de 30,6% em comparação aos US$ 35,226 bilhões do mesmo período de 2024.

As exportações acumuladas somaram US$ 136,926 bilhões, recuo de 0,9% ante os US$ 138,226 bilhões registrados no primeiro quinquemestre do ano anterior. Por outro lado, as importações cresceram de forma mais acentuada, alcançando US$ 112,494 bilhões – alta de 9,2% frente aos US$ 102,999 bilhões de 2024.

Dinâmica setorial apresenta resultados mistos

No setor agropecuário, as exportações de maio totalizaram US$ 7,44 bilhões, com queda de 0,6%. O desempenho foi prejudicado principalmente pela retração nas vendas de milho (-78,7%), soja (-3,9%) e algodão (-31,2%). Em contrapartida, produtos como café não torrado registraram crescimento de 30,5%.

A indústria extrativa enfrentou maior pressão, com exportações de US$ 7,24 bilhões e queda de 6,6%. O minério de ferro, principal produto do setor, teve redução de 4,7% nas vendas externas, enquanto os óleos brutos de petróleo caíram 9,7%.

A indústria de transformação apresentou o melhor desempenho, com exportações de US$ 15,32 bilhões e crescimento de 3,4%. O setor foi impulsionado pelo aumento nas vendas de veículos de passageiros (86,2%) e carne bovina (18,8%).

Parceiros comerciais mostram comportamentos divergentes

O relacionamento comercial com a Argentina se destacou positivamente, com exportações crescendo 67,4% em maio, totalizando US$ 1,70 bilhão. O país mantém superávit de US$ 0,54 bilhão com o vizinho sul-americano.

Com a China, principal parceiro comercial do Brasil, as exportações caíram 0,5%, somando US$ 9,68 bilhões. Contudo, as importações chinesas cresceram 18,8%.

As relações com os Estados Unidos mostraram equilíbrio, com exportações de US$ 3,61 bilhões, que subiram 11,5%, e importações de US$ 3,63 bilhões, que caíram 5%, resultando em déficit marginal de US$ 20 milhões.

A União Europeia registrou queda de 5,9% nas exportações brasileiras, totalizando US$ 4,62 bilhões, enquanto as importações recuaram 0,4%, para US$ 4,33 bilhões.

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