A avaliação ruim ou péssima do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a subir, segundo pesquisa Ipsos-Ipec divulgada nesta terça-feira (9). O levantamento mostra que 40% dos brasileiros classificam a gestão como negativa, ante 38% registrados na sondagem de setembro. A palavra-chave avaliação de Lula dominou o debate após a divulgação dos dados, que reforçam um cenário de desgaste crescente.
O estudo, realizado entre 4 e 8 de dezembro com 2 mil pessoas em 131 municípios, indica que 30% consideram o governo ótimo ou bom — mesmo percentual do mês anterior — e 29% avaliam como regular. Outros 2% não souberam ou não responderam. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
O levantamento também detalha diferenças regionais, socioeconômicas e eleitorais na avaliação de Lula. Entre os que votaram no petista em 2022, 62% classificam o governo positivamente. O índice é mais alto ainda entre moradores do Nordeste (41%), pessoas com menor escolaridade (39%), famílias com renda de até um salário mínimo (40%) e católicos (35%).
Avaliação de Lula é pior entre renda familiar de até cinco salários mínimos
Na outra ponta, a avaliação negativa concentra-se entre eleitores de Jair Bolsonaro (67%), moradores da região Sul (51%), pessoas com renda familiar entre dois e cinco salários mínimos (53%), evangélicos (47%) e quem se autodeclara branco (46%).
A pesquisa também mediu a percepção sobre a forma como o presidente administra o país: 52% desaprovam o trabalho, ante 51% em setembro, enquanto 42% aprovam — dois pontos abaixo do levantamento anterior. Outros 6% não souberam ou não responderam.
Os dados reforçam um quadro de polarização persistente e mostram que a avaliação de Lula segue marcada por clivagens regionais, econômicas e religiosas.
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