A pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (13) mostra que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda lidera todos os cenários para a eleição de 2026, mas sua vantagem diminuiu diante de adversários da direita.
O levantamento, realizado entre 6 e 9 de novembro com 2.004 entrevistas presenciais, indica que o presidente perdeu terreno após a crise de segurança pública no Rio de Janeiro, que expôs o governo a críticas e afetou a percepção do eleitorado.
Disputa mais apertada no primeiro e segundo turnos
Na intenção de voto espontânea para o primeiro turno, Lula oscilou entre 11% e 19%, dependendo do adversário testado. Na pesquisa estimulada, o petista aparece com 31% a 39%, mantendo a dianteira, mas com desempenho inferior ao da rodada anterior.
Nos cenários de segundo turno, Lula venceria em todas as simulações, mas com margens menores. Contra Tarcísio de Freitas (Republicanos), teria 38% contra 33%; frente a Michelle Bolsonaro (PL), 44% a 35%; e diante de Jair Bolsonaro, o resultado seria 42% a 39%, em empate técnico. Em outubro, a diferença era de 10 pontos.
Efeito da crise e busca por novos nomes
O encolhimento da vantagem de Lula ocorre num momento em que cresce o interesse por alternativas fora da polarização entre petistas e bolsonaristas. O levantamento mostra que 24% dos eleitores preferem um nome desvinculado de Lula e Bolsonaro, e 17% desejam um candidato de fora da política tradicional.
Analistas avaliam que o impacto das operações policiais nas comunidades da Penha e do Alemão, que deixaram 121 mortos, contribuiu para o desgaste momentâneo do governo, afetando o humor do eleitorado e reduzindo o ímpeto de reeleição.
Avaliação das candidaturas e humor do eleitorado
Segundo a pesquisa, 59% dos entrevistados acham que Lula não deveria disputar novo mandato, enquanto 38% defendem sua reeleição. No caso de Bolsonaro, 67% acreditam que ele deve apoiar outro nome, mas o grupo que defende sua candidatura subiu de 18% para 26%.
Queda na intenção espontânea de voto
O levantamento também mostra que Lula recuou de 19% para 14% na intenção de voto espontânea, interrompendo uma tendência de alta observada desde maio. Bolsonaro manteve 6%, e o percentual de indecisos segue alto, em 72%. No Nordeste, Lula segue com folga — 37% dos entrevistados dizem que sua reeleição seria o melhor cenário para o país.
A Genial/Quaest informa que a margem de erro é de dois pontos percentuais, e que as entrevistas foram feitas de forma presencial em todo o território nacional.
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