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Arrecadação federal cresce em outubro e atinge melhor resultado desde 2000

Arrecadação federal cresce em outubro e atinge melhor resultado desde 2000

As receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 246,9 bilhões em outubro, crescimento real de 4,74%

A arrecadação federal voltou a apresentar desempenho considerado robusto em outubro, atingindo R$ 261,9 bilhões — alta real de 0,92% frente ao mesmo mês do ano anterior, descontada a inflação medida pelo IPCA – Índice de Preços ao Consumidor Amplo. No acumulado de janeiro a outubro, a arrecadação chegou a R$ 2,37 trilhões, avanço de 3,20%. Segundo a Receita Federal, trata-se do melhor resultado para ambos os períodos desde o ano 2000.

As receitas administradas pela Receita Federal somaram R$ 246,9 bilhões em outubro, crescimento real de 4,74%. No acumulado dos dez primeiros meses do ano, essas receitas totalizaram R$ 2,26 trilhões, avanço real de 4,17% ante o mesmo intervalo de 2024.

A Receita destaca, porém, que a base de comparação está influenciada por eventos não recorrentes registrados em 2024. Sem esses efeitos atípicos, a arrecadação teria apresentado crescimento real de 4,84% no acumulado de janeiro a outubro de 2025.

Fonte: Receita Federal

Arrecadação federal: IRRF-Capital tem alta de 28%

Entre os destaques do mês, o IRRF-Capital registrou alta de 28,01%, somando R$ 11,57 bilhões. O resultado reflete os avanços nominais nas receitas provenientes de aplicações de renda fixa para pessoas físicas e jurídicas (+42,10%), fundos de renda fixa (+41,36%) e juros sobre capital próprio (+32,93%).

O IOF também apresentou forte desempenho, com arrecadação de R$ 8,14 bilhões e crescimento real de 38,80%. A expansão é atribuída ao aumento nas operações envolvendo saída de moeda estrangeira e crédito para pessoas jurídicas, influenciadas por mudanças na legislação, especialmente o Decreto 12.499, publicado em junho de 2025.

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Outro componente relevante foi o conjunto IRPF e CSLL, que totalizou R$ 63,36 bilhões em outubro, com alta real de 5,54%. Esse avanço decorre principalmente do crescimento do lucro presumido (+9,62%) e de outras bases tributárias (+20,60%).

A receita previdenciária somou R$ 582,5 bilhões no acumulado do ano, aumento real de 3,13%. O desempenho está associado à expansão real de 5,74% da massa salarial e ao maior volume de compensações tributárias (alta de 13,98%), além da reoneração gradual da folha de pagamentos e da contribuição patronal dos municípios, conforme previsto na Lei nº 14.973/2024.

PIS/Pasep e Cofins também avançam

Já PIS/Pasep e Cofins registraram R$ 478,3 bilhões de arrecadação no ano, crescimento real de 2,75%. O resultado reflete queda de 0,13% no volume de vendas, mas aumento de 2,81% no volume de serviços — com destaques positivos para o setor financeiro e para o segmento de jogos e apostas, beneficiado por alterações regulatórias. Em contrapartida, combustíveis e telecomunicações mostraram queda de desempenho.

Por fim, o IRRF sobre rendimentos do trabalho avançou 5,73%, atingindo R$ 196,18 bilhões. O aumento decorre da elevação real nos rendimentos do trabalho assalariado (+5,87%) e nos pagamentos de aposentadorias do regime geral e do serviço público (+8,20%).

Com resultados disseminados entre os principais tributos, a arrecadação federal segue sustentada pelo dinamismo do mercado de trabalho, pelos ajustes legais recentes e pela recuperação gradual da atividade de serviços.

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