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“Após PIB e payroll, Selic não deve ir a 16%”, diz Felipe Reis, da EQI Research

“Após PIB e payroll, Selic não deve ir a 16%”, diz Felipe Reis, da EQI Research

Nesta sexta-feira (7), o cenário econômico global ganhou destaque com a divulgação de dados importantes: o Payroll, indicador chave da economia americana e do mercado de trabalho nos Estados Unidos, além do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

Nos Estados Unidos, foram criadas 151 mil vagas de emprego em fevereiro, um número abaixo da expectativa do mercado, que previa a geração de 160 mil postos de trabalho. A divulgação do Payroll é o segundo de três indicadores importantes sobre o mercado de trabalho americano a serem divulgados até a próxima semana, sendo o mais relevante deles – os outros dois são a pesquisa ADP e o relatório Jolts, que será divulgado dia 11.

Já no Brasil, o PIB apresentou um crescimento de 0,2% no quarto trimestre de 2024 em relação ao trimestre anterior, ficando aquém das projeções do mercado, que indicavam uma expansão de 0,4%. No terceiro trimestre, o crescimento havia sido de 0,7%, revisado de 0,9%.

Sendo assim, diante de um Payroll abaixo das expectativas nos EUA, combinado com um PIB fraco no Brasil, será que o Banco Central precisará ajustar suas políticas monetárias e elevar a Selic de forma tão agressiva?

PIB e Payroll: como podem afetar a próxima decisão do BC?

Se a atividade econômica continuar a esfriar, Felipe Reis, analista da EQI Research, acredita que isso abrirá espaço para o Federal Reserve (Fed), banco central americano, retomar o ciclo de queda dos juros, destacando a possibilidade de uma política monetária mais flexível nos Estados Unidos. O cenário no país está em transição, sugerindo uma desaceleração econômica gradual, embora ainda seja cedo para avaliar o impacto total.

Em relação ao PIB, Reis explica que um desempenho mais fraco reforça a ideia de que a demanda interna será menor no Brasil em 2025, o que pode facilitar o trabalho do Banco Central no combate à inflação. O crescimento anual do PIB brasileiro foi de 3,4%, alcançando R$ 11,7 trilhões, com variações setoriais.

O setor de Serviços teve bom desempenho, crescendo 3,7%, e a Indústria avançou 3,3%. No entanto, a Agropecuária registrou uma queda de 3,2%, impactada por fatores climáticos adversos e pela baixa produção de soja e milho.

Com os dados do PIB mais fracos e um mercado de trabalho global desacelerado, o analista acredita que as expectativas para os próximos meses indicam que o Banco Central brasileiro pode não precisar elevar a Selic aos 16%. Felipe Reis afirmou que “essa perspectiva pode resultar em uma curva de juros mais suave, beneficiando aqueles que adquiriram ativos pré-fixados recentemente.”

Quanto à Bolsa de Valores, segundo ele, a leitura não é tão simples, já que a desaceleração econômica pode resultar em lucros menores, impactando os resultados das empresas. Com o Ibovespa já sendo negociado a um P/L de 10x, o mercado se mostra cauteloso diante das expectativas de um crescimento mais moderado.

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