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Crise da Americanas (AMER3): entenda melhor o risco do crédito privado

Crise da Americanas (AMER3): entenda melhor o risco do crédito privado

A crise da Americanas (AMER3) vem dando uma série de sinais de alerta para os investidores do mercado financeiro, e não apenas sobre o mercado de renda variável, mais volátil e sujeito a riscos, mas também sobre operações de renda fixa atreladas a títulos privados de crédito.

A crise na Americanas atingiu também investidores em renda fixa. Em junho do ano passado, a companhia emitiu R$ 2 bilhões em debêntures, com vencimento de 11 anos, ou seja, em 2033, e rendimento de CDI mais 2,75%. Em outubro, houve nova emissão, de R$ 1 bilhão, com prazo de cinco anos.

As debêntures são títulos de dívida emitidos por companhias privadas, sempre com aval da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Essas emissões são autorizadas a partir de análise sobre as condições financeiras da empresa, inclusive os balanços, que, como se descobriu neste mês, continuam inconsistências que escondiam dívidas com bancos e fornecedores, mesmo tendo sido respaldados por empresas de auditoria.

Como todo título, as debêntures são vinculadas a uma garantia – mas, no caso da Americanas, os títulos das últimas emissões têm garantia quirografária, ou seja, sem vínculo com ativos reais, Essas debêntures tiveram o vencimento antecipado, mas, como está em recuperação judicial, a Americanas não vai fazer o pagamento imediato e os credores devem procurar assessoria jurídica para buscar o recebimento. 

Credibilidade e segurança da renda fixa afetadas pela crise da Americanas (AMER3)

A Anbima, entidade que representa o mercado de capitais e de investimentos, estima que somente no mercado de varejo haja cerca de R$ 90 bilhões emitidos em títulos de dívida privada, com mais de 880 mil contas de investidores.

Especialistas apontam que o momento fez com que muitos investidores decidissem entrar no mercado sozinhos, sem suporte de uma corretora ou assessoria de investimentos como a EQI. Agora, quem fez isso no caso da Americanas, como comprar diretamente debêntures ou comprar ações, pode ter que contratar pessoalmente um advogado para defender seus direitos.

Outra necessidade que ficou clara com a crise de uma das mais famosas varejistas do país é que tanto investidores quanto as próprias assessorias precisam ter certeza da confiabilidade das informações prestadas pelas empresas em seus demonstrativos. 

Parte dessa confiabilidade, no caso da Americanas, vinha em grande parte da tradição da empresa, de sua presença marcante em centenas de pontos de todo o país e da figura de seus investidores principais, os sócios da 3G, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira. 

A confiança, no entanto, foi embora após a informação de que a empresa vinha sonegando números negativos em seus balanços já há algum tempo, em documentos respaldados por auditorias, informação revelada durante a rápida passagem de Sergio Rial pelo posto de CEO da companhia nos primeiros dias do ano.

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Renda fixa ainda vale a pena

Os principais analistas apontam, no entanto, que os problemas com uma empresa não anulam todos os benefícios demonstrados pela renda fixa no atual cenário, com inflação novamente sob pressão e Selic a 13,75% sem previsão de queda no curto prazo.

Afinal, além das debêntures, a renda fixa oferece outras opções, como os investimentos do Tesouro Direto, asseguradas pelo governo federal, ou em CDBs (Certificados de Depósito Bancário), que contam com garantia do Fundo Garantidor de Crédito no valor de até R$ 100 mil por CPF e por banco, no caso de insolvência da instituição.

A crise das Americanas não deve reduzir a forte tendência no aumento da procura por investimentos que garantem boa rentabilidade, pois são atrelados à taxa básica de juros ou à inflação, sem a volatilidade de opções de renda variável, como ações ou fundos imobiliários.

Para reduzir os riscos, vale seguir algumas recomendações:

  • diversificar a carteira, de forma que eventuais perdas em um investimento sejam compensadas por ganhos em outras escolhas;
  • no caso de quem investiu nas debêntures das Americanas, acompanhar atentamente o noticiário para saber as atitudes que tomar na recuperação do seu dinheiro;
  • buscar o suporte de uma assessoria de investimentos, para receber sempre os conselhos mais adequados de acordo com o cenário econômico.

Quer investir com assertividade e compreender como proteger seu capital para não ficar sujeito a oscilações de uma só empresa como na crise da Americanas (AMER3)? Preencha este formulário e um assessor da EQI Investimentos vai entrar em contato para tirar suas dúvidas.