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BTG (BPAC11) recomenda compra para CVC (CVCB3) após 4TRI21

BTG (BPAC11) recomenda compra para CVC (CVCB3) após 4TRI21

Relatório do BTG Pactual (BPAC11) analisou os dados operacionais da CVC (CVCB3) no quarto trimestre. De acordo com o banco de investimentos, a operadora de turismo obteve resultado considerado transitório devido às restrições provocadas pela pandemia do coronavírus. O BTG manteve a recomendação de compra de ações ao preço-alvo de R$ 33.

A CVC também obteve expansão em sua receita líquida, e desta forma, a companhia somou o montante de R$ 262 milhões no Brasil, o que representa um crescimento de 28% t/t e 85% ao ano. Houve também a ampliação da receita B2C, com o percentual de 45% t/t  e o índice take rate contabilizou 13,2%, percentual este, acima dos 12,2% anotados no quarto trimestre de 2020.

A receita B2B brasileira ficou estável e somou a quantia de R$ 78 milhões, o que simboliza o aumento de 68% ao ano. Nesta categoria, o take rate cresceu de 20 bps t/t para 6,3%. Em relação ao mercado argentino, a CVC computou crescimento em suas reservas, com o percentual de 125% t/t e 141% ao ano.

A receita líquida Brasil e Argentina ficou estabilizada e teve expansão de 36% t/t e 93% ao ano e estes índices estão 3% acima das estimativas do BTG.

O ciberataque sofrido pela companhia em outubro do ano passado e as restrições relacionadas à Covid-19 não foram grandes entraves para a CVC, que reportou o aumento de 64% ao ano no número total de suas reservas. No mercado brasileiro, a empresa computou o percentual de 47% ao ano em passagens e estadias, o que está abaixo das estimativas de 9% do banco de investimentos.

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BTG (BPAC11): melhoria na alavancagem comercial

A CVC anotou a quantia de R$ 296 milhões no quarto trimestre, o que simbolizou o aumento de 9,6% ao ano e 9% acima das projeções da instituição financeira. Estes números estão relacionados aos investimentos em tecnologia da informação e à inflação de mão de obra, porém a empresa conseguiu abater o percentual do total de pedidos com queda de 480bps a/a.

O Ebitda ajustado da companhia que atua no setor de turismo foi de R$ 9 milhões, número este, menor que os R$ 33 milhões computados no terceiro trimestre. A CVC também anotou o prejuízo líquido de R$ 146 milhões e sofreu impacto de R$ 292 milhões em seu lucro devido aos impostos contabilizados no trimestre.

“A CVC encerrou o 4T21 com uma posição de caixa de R$ 987 milhões (impulsionada por um aumento de capital de R$ 454 milhões no 3T21), R$ 1,8 bilhão em recebíveis (incluindo R$ 714 milhões em adiantamentos a
fornecedores) e R$ 990 milhões em dívida financeira, além de mais R$ 2,1 bilhões em vendas antecipadas de pacotes de viagens que impactarão o FCF nos próximos trimestres.” informou trecho do relatório.

O aumento de capital de agosto representou R$ 454 milhões e a operação  contribuiu para novos projetos da CVC. A empresa utilizou R$ 202 milhões para pagar parte de sua dívida e anexou o restante ao capital de giro, com o objetivo de desenvolver novas estratégias comerciais para a empresa.

Trimestre transitório

A pandemia de coronavírus e o ataque cibernético foram entraves para a CVC no decorrer do período, porém a empresa conseguiu superar as suas adversidades e registrou resultado satisfatório no quarto trimestre. Este bom momento da companhia contradiz o catastrófico 2020, onde a CVC sofreu com restrições relacionadas a mobilidade e viagens.

Para o BTG, a empresa será uma das principais beneficiárias com a reabertura econômica e desta forma poderá expandir o seu relacionamento com a indústria hoteleira e com companhias de aviação que operam no segmento B2B a longo prazo. Por fim, o banco prevê a recuperação de reservas B2C para este ano e B2B para 2023.