Já não é novidade que a Aliansce Sonae (ALSO3) é uma das maiores empresas de shoppings centers do Brasil. Não é à toa que a companhia está em processo de fusão com a BR Malls (BRML3) para expandir ainda mais os seus negócios.
Uma reportagem do site Pipeline informa que a ALSO definiu um planejamento estratégico para utilizar os 4,4 milhões de metros quadrados de terrenos próprios, nas áreas de entorno dos seus 27 shoppings, para a construção de mini-bairros.
Deste total de áreas, 2,3 milhões de metros quadrados serão utilizados em projetos imobiliários multiusos, como edifícios corporativos, residenciais, hotéis, hospitais e escolas.
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Inclusive, a Aliansce Sonae já está implementando seis mini-bairros em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Maceió, Goiânia e Uberlândia (MG), com a expectativa de construir 35 torres, que devem estar concluídas em até quatro anos.
O Valor Geral de Vendas (VGV), que soma o potencial de vendas de todos os imóveis, é estimado em R$ 1,8 bilhão.
A ALSO teve que investir na infraestrutura dos mini-bairros, com instalações de água, esgoto e energia elétrica. Aliás, as instalações ajudam na construção do entorno dos shoppings. “Em Maceió, fechamos um terreno com a Unimed para construção de um hospital e, por incrível que pareça, era um dos poucos terrenos da cidade com água e esgoto”, afirmou Mario Oliveira, diretor de novos negócios e M&A da Aliansce Sonae, ao Pipeline.
Ele reforça o argumento ao dizer que a estrutura dos mini-bairros são sustentáveis, uma vez que o morador poderá se deslocar de carro o mínimo possível e incentiva o uso de outros modais de transporte, como bicicleta ou até mesmo a pé.
Aliansce Sonae (ALSO3) tem 8 projetos avançados
De acordo com a Pipeline, oito projetos estão em construção, incluindo o hospital e seis torres residenciais em Maceió, além de um hotel em Uberlândia. Em Goiânia, tem o lançamento de três torres residenciais. E no Rio de Janeiro, está em aprovação na prefeitura o projeto de 14 edifícios no Via Parque Shopping, no bairro da Barra da Tijuca.
Na capital baiana, em Salvador, há o planejamento de construir 2,6 mil unidades residenciais e uma estimativa de 2,5 mil pessoas nos edifícios corporativos. Com isso, há uma perspectiva de um impacto mensal de 60 mil pessoas no shopping da rede com a instalação deste mini-bairro.
“Hoje o mercado financeiro atribui zero valor a isso na nossa ação, uma contribuição financeira que vai aparecer com o tempo no balanço”, aponta Oliveira. A Aliansce vale em bolsa R$ 5,55 bilhões, com a eventual fusão com a BR Malls, o valor deve ir para R$ 8,18 bilhões.
Em 2022, a ALSO segue praticamente estável, com uma leve queda de 0,19%, mesmo com o anúncio de fusão com a BR Malls. Mas a EQI Research vê com bons olhos a administradora de shoppings, com a recomendação de compra e preço-alvo a R$ 38 para dezembro de 2023.
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