A Vivara (VIVA3), em meio ao processo de transição que envolve sua nova liderança, anunciou nesta quinta-feira (11) mudanças importantes em seu comando executivo.
O conselho de administração decidiu substituir Ícaro Borrello, então diretor-presidente, e Bruno Kruel Denardin, diretor de operações, nomeando Thiago Lima Borges e Cassiano Lemos da Cunha para as respectivas funções. Ambos assumiram imediatamente, com mandatos válidos até maio de 2027.
O movimento, segundo a companhia, faz parte de uma reorganização conduzida pelo conselho nos últimos meses, impulsionada pela renovação do colegiado ocorrida neste ano. A avaliação das perspectivas da empresa e das competências necessárias para liderar o próximo ciclo de crescimento levou à contratação de uma consultoria especializada para conduzir o processo de seleção.
Vivara e o impacto da nova liderança
Thiago Borges, o novo CEO, possui mais de duas décadas de experiência em posições de destaque. Ele atuou como diretor financeiro e de relações com investidores da Smart Fit, onde segue como conselheiro, e ocupou cargos de vice-presidência e conselho na Arezzo&Co. Também liderou processos de abertura de capital com padrões elevados de governança.
Cassiano Lemos, novo diretor de operações, também acumula mais de 20 anos de carreira. Teve passagens pela Richards, onde foi diretor comercial, e pela Arezzo&Co, onde liderou operações e planejamento. Nesse período, implementou um novo modelo de gestão de produtos que gerou avanços relevantes em margem e eficiência de estoques.
A Vivara afirma que a chegada dos novos executivos reflete sua capacidade de atrair talentos altamente qualificados e reforça seu compromisso com a governança corporativa.
O que o mercado espera após a nova liderança
O BTG Pactual mantém uma visão positiva para a Vivara nos próximos trimestres. Em relatório recente, o banco destacou que a empresa segue entre as oportunidades mais atrativas do varejo brasileiro, sustentada por um valuation projetado de 11 vezes preço sobre lucro para 2026 e sinais de fortalecimento da governança e do desempenho operacional.
A valorização das ações dependerá principalmente da evolução da margem bruta, especialmente nas linhas Life e premium, e da recuperação do capital de giro.
Entre os pontos de atenção de longo prazo estão a produtividade das lojas, o risco de canibalização entre os formatos Vivara e Life e a capacidade de retenção de lideranças. Apesar disso, analistas apontam avanço no alinhamento entre estratégia, conselho e operação.
Com um pipeline robusto de produtos, treinamento da equipe de vendas e iniciativas de eficiência em andamento, a companhia inicia esta nova fase com boas perspectivas de crescimento e geração de valor.
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