A EQI Research está iniciando a cobertura para Aliansce Sonae (ALSO3), com recomendação de compra e preço-alvo a R$ 38 para dezembro de 2023, representando potencial de valorização de 79,8%.
A companhia atua no desenvolvimento, locação e administração de shopping centers. Ela tem sua origem na fusão de duas companhias distintas do mesmo segmento: Aliansce e Sonae Sierra. Possui 39 shoppings administrados e, além disso, é proprietária de 780 mil metros quadrados de área bruta locável . No ano passado, a empresa deu mais um passo, ao anunciar a a fusão com a brMalls (BRML3), que resultará em uma empresa com 69 shopping centers sob administração.
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A empresa tem uma base acionária bem diversa. O free float da companhia é de 44,82%; o fundo Canada Pension Plan Investment Board, possui mais 17,53% de participação; Cura Brazil tem 12,86%. Além disso, Sierra Brazil e Alaska Investimentos possuem, cada um, 6,30%, e CPPIB Flamengo US LLC possui 5,43%. Demais investidores possuem menos de 5% de participação.
Por que investir em Aliansce Sonae (ALSO3)?
A tese de investimentos da EQI Research para a empresa é baseada na consolidação do setor de shopping centers, onde as quatro maiores empresas do setor possuem menos de 20% do mercado.
“Acreditamos que ALSO atuará ativamente nos próximos anos buscando absorver sinergias operacionais da fusão, expandir os shopping centers dominantes e otimizar seu portfólio com investimentos e desinvestimentos estratégicos”, aponta trecho do relatório.
De acordo com o documento, as ações do setor de shopping centers estão descontadas em relação ao valor de mercado das suas propriedades. Esse desconto é considerado ainda maior no caso de Aliansce Sonae.
“Enxergamos uma provável recuperação de múltiplos no curto prazo, visto que o ciclo de juros altos está próximo do final e os shoppings já voltaram ao patamar operacional pré-pandemia”, diz outro trecho do relatório.
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Principais riscos
Os principais riscos da tese de investimento estão relacionados à execução da operação de fusão de com a brMalls. Isto porque a companhia estaria exposta a um risco de avaliação incorreta de sinergias ou má precificação do negócio.
Ou sja, esses riscos podem resultar em um período de transição considerado complicado, onde a companhia tenha dificuldades em reter talentos e adaptar processos, tornando a transição mais custosa.
“Acreditamos que outro risco significativo é o risco financeiro, com a alavancagem da companhia em um período com juros em patamares elevados, comprometendo a rentabilidade da empresa. Além disso, o crescimento do varejo online pode diminuir o volume de vendas nos shopping centers, e consequentemente o interesse dos lojistas por esses espaços comerciais”, completa o relatório.
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