A Raízen (RAIZ4) divulgou na noite da última quarta-feira (13) os resultados do primeiro trimestre do ano-safra 2025/26 (abril a junho), registrando prejuízo líquido de R$ 1,843 bilhão, contra lucro de R$ 1,065 bilhão no mesmo período do ciclo anterior.
O resultado foi pressionado pela queda no EBITDA, aumento das despesas financeiras e pela ausência de ganhos não recorrentes registrados em 2024, como o crédito tributário de R$ 1,8 bilhão referente à exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e COFINS.
A receita operacional líquida somou R$ 54,217 bilhões, recuo de 6,1% na comparação anual, refletindo principalmente a retração nos volumes e preços de determinados produtos, além de efeitos cambiais e ajustes no escopo de operações de revenda e trading.
O EBITDA ajustado totalizou R$ 1,889 bilhão, queda de 23,4% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior. O desempenho foi afetado pela parada prolongada da refinaria na Argentina, menor moagem de cana no segmento de Etanol, Açúcar e Bioenergia (EAB) e efeitos negativos de inventário, parcialmente compensados por ganhos de eficiência e melhor performance na distribuição de combustíveis no Brasil.
Balanço da Raízen: segmentos e destaques operacionais
No EAB, o EBITDA ajustado caiu 23,7%, para R$ 862 milhões, influenciado pela menor diluição de custos fixos devido ao recuo de 20,7% na moagem de cana e pela menor produtividade agrícola. Em contrapartida, houve avanço na produção de etanol de segunda geração (E2G) e aumento de volumes de açúcar, alinhado ao maior mix destinado ao produto.
Na distribuição de combustíveis no Brasil, o EBITDA ajustado subiu 3,3%, para R$ 1,006 bilhão, com melhores margens e ganhos de eficiência, apesar das perdas de inventário. Já na Argentina, o EBITDA ajustado despencou 50,6%, para R$ 309,7 milhões, impactado pela manutenção da refinaria e aumento dos custos de importação de derivados.
A dívida líquida encerrou o trimestre em R$ 49,220 bilhões, alta de 55,8% em um ano, refletindo a substituição de linhas de capital de giro por dívidas de longo prazo e o aumento sazonal da necessidade de caixa no início da safra.
Mensagem da administração
A Raízen destacou que o período marcou o início de um novo ciclo estratégico, baseado em simplificação do portfólio, foco no core business, eficiência operacional e fortalecimento da estrutura de capital. Foram concluídos desinvestimentos e hibernação de usinas, além da otimização de operações no Brasil e na Argentina.
“Ao longo deste primeiro trimestre, evoluímos de forma consistente na execução dessa estratégia”, afirmou a administração.
Segundo a Raízen, apesar de fatores conjunturais adversos, como condições climáticas desfavoráveis e a parada prolongada da refinaria argentina, os resultados ficaram alinhados ao plano operacional para o ano-safra.
“Seguiremos trabalhando na execução do nosso plano e na continuidade dos avanços estruturais que sustentam nossa estratégia de longo prazo”, completou a empresa.
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A Raízen registrou prejuízo líquido de R$ 1,843 bilhão, contra lucro de R$ 1,066 bilhão no mesmo trimestre do ano-safra anterior, impactada pela queda no EBITDA, aumento das despesas financeiras e ausência de ganhos não recorrentes obtidos em 2024.
A receita líquida somou R$ 54,218 bilhões, queda de 6,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, devido à retração de volumes e preços em alguns produtos e ajustes no escopo de revenda e trading.
O EBITDA ajustado totalizou R$ 1,889 bilhão, recuo de 23,4% na comparação anual, pressionado por menor moagem no segmento EAB, parada prolongada da refinaria na Argentina e efeitos negativos de inventário, parcialmente compensados por ganhos de eficiência e margens melhores no Brasil.
No EAB, houve queda de 23,7% no EBITDA ajustado, enquanto na distribuição de combustíveis no Brasil houve alta de 3,3%, e na Argentina, queda de 50,6%, afetada por custos e menor rentabilidade devido à parada de manutenção da refinaria.
A companhia reforçou o foco em simplificação do portfólio, eficiência operacional e fortalecimento da estrutura de capital, afirmando que seguirá na execução do plano estratégico mesmo diante de condições desafiadoras.