A Raízen (RAIZ4) divulgou sua prévia operacional referente ao primeiro trimestre do ano-safra 2025/26 (1T25/26), destacando uma queda significativa nas vendas de etanol próprio, que totalizaram 496 mil metros cúbicos. O volume representa retração de 26% em relação ao mesmo período do ciclo anterior (672 mil m³), refletindo a menor produção e uma estratégia mais seletiva de comercialização adotada pela companhia.
Segundo a empresa, os preços praticados permaneceram em linha com os referenciais de mercado, com base no indicador ESALQ. A produção de etanol de segunda geração (E2G), por outro lado, avançou, saltando de 16,2 mil m³ no 1T24/25 para 22,8 mil m³ no 1T25/26, impulsionada pelo início das operações das plantas de Univalem e Barra, além da expansão da unidade de Bonfim.
A moagem de cana no período totalizou 24,5 milhões de toneladas, uma queda de 20,7% frente ao primeiro trimestre do ano-safra anterior, quando a companhia havia processado 30,9 milhões de toneladas. De acordo com a Raízen, as chuvas ao longo do trimestre impactaram negativamente o ritmo das atividades, reduzindo também a diluição de custos operacionais.
Raízen (RAIZ4): produtividade agrícola afetada com clima
A produtividade agrícola da RAIZ4 também sofreu com os efeitos climáticos. O ATR (Açúcares Totais Recuperáveis) recuou de 124 para 121 kg/ton, e o TCH (toneladas de cana por hectare) caiu de 88 para 78 ton/ha. Queimadas e intempéries durante a safra anterior comprometeram o desenvolvimento dos canaviais.
Mesmo diante do cenário adverso, a Raízen optou por direcionar maior parte da matéria-prima para a produção de açúcar, aproveitando a qualidade da cana. O mix de produção foi ajustado para 52% açúcar e 48% etanol, ante 50%/50% no mesmo trimestre da safra anterior.
A produção de açúcar equivalente atingiu 2,79 milhões de toneladas, também abaixo das 3,67 milhões registradas no 1T24/25. A prévia divulgada é preliminar, não auditada e sujeita a revisões até a divulgação oficial dos resultados.
