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Petrobras (PETR4) reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 26,6 bilhões

Petrobras (PETR4) reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 26,6 bilhões

A Petrobras (PETR4) informou lucro líquido de R$ 26,7 bilhões no segundo trimestre do ano (2TRI25) revertendo o prejuízo de R$ 2,6 bilhões do mesmo período do ano passado. No acumulado do primeiro semestre do ano, a petroleira informou lucro de R$ 61,8 bilhões ante R$ 21 bilhões do mesmo período do ano anterior, tendo um salto de quase 200%.

Já o lucro líquido, na rubrica sem eventos exclusivos, atingiu R$ 23,1 bilhões contra R$ 28 bilhões do mesmo período do ano passado, tendo uma queda de 17,3%. No total do primeiro semestre, esse resultado atingiu R$ 46,7 bilhões contra R$ 54,8 bi frente a igual período de 2024, resultando em uma queda de 14,8%.

A receita de vendas da companhia chegou a R$ 119 bilhões no 2TRI25, ao passo que no mesmo período de 2024, havia sido de R$ 122 bilhões, uma retração de 3,3%. Enquanto isso, nos seis primeiros meses deste ano, o resultado foi de R$ 242 bilhões contra R$ 239 bilhões do mesmo período de 2024, tendo uma elevação de apenas 1%.

Petrobras (PETR4): ebitda ajustado sobe 5,1%

O EBITDA ajustado, desconsiderando eventos exclusivos do período, totalizou R$ 57,9 bilhões (equivalente a US$ 10,2 bilhões). No mesmo período do ano passado havia sido de R$ 49,7 bilhões, tendo uma elevação de 5,1%. E no acumulado do primeiro semestre, a petroleira reportou ebitda de R$ 113 bilhões ante R$ 109 bi, uma elevação de 3,2%.

O Fluxo de Caixa Operacional (FCO) somou R$ 42,4 bilhões (US$ 7,5 bilhões), impulsionado principalmente pelo aumento da produção de óleo e gás. Esse indicador representa a geração de caixa proveniente das atividades operacionais da empresa.

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Já os investimentos (Capex) alcançaram R$ 25,1 bilhões (US$ 4,4 bilhões), com destaque para a intensificação dos projetos no pré-sal, que seguem como prioridade estratégica da estatal.

“Estamos acelerando nossos investimentos em projetos de alta atratividade. Nos primeiros seis meses do ano, investimos R$ 48,8 bilhões, um crescimento de 49% em relação ao mesmo período do ano passado. No aspecto operacional, tivemos excelentes resultados: produzimos 2,3 milhões de barris de óleo por dia no segundo trimestre. Isso representa um aumento de 5% em relação ao primeiro trimestre e cerca de 8% em comparação ao mesmo período do ano passado”, afirmou a presidente da Petrobras, Magda Chambriard.

A dívida bruta, por sua vez, registrou US$ 68,1 bilhões em junho, representando um crescimento de 5,5% em relação ao final do trimestre anterior, em função, principalmente, do crescimento do arrendamento de plataformas, com a entrada em operação dos FPSOs Alexandre de Gusmão e Almirante Tamandaré, que adicionaram 270 mil barris por dia de capacidade de produção para a Petrobras.

Produção cresce

De acordo com o balanço da petroleira, o aumento na produção ocorreu, principalmente, em função do ramp-up (aumento gradual de produção) das plataformas Almirante Tamandaré, no campo de Búzios, Maria Quitéria, no campo de Jubarte, Anita Garibaldi e Anna Nery, nos campos de Marlim e Voador, do atingimento da capacidade máxima de produção do Marechal Duque de Caxias e da entrada em produção do FPSO Alexandre de Gusmão, ambos no campo de Mero.

Dados da produção

No segundo trimestre, foram investidos R$ 25,1 bilhões (US$ 4,4 bilhões), valor considerado em linha com o patamar de execução planejado para este ano. O segmento de Exploração e Produção representa a maior parcela deste montante, com US$ 3,7 bilhões, com foco no desenvolvimento da produção no pré-sal (Bacias de Santos e Campos) e pós-sal (Bacia de Campos), além de investimentos exploratórios.

Os investimentos nos seis primeiros meses do ano somam R$ 48,8 bilhões (US$ 8,5 bilhões), sendo 85% direcionados a projetos de E&P. Esses investimentos já impactaram positivamente na curva de produção da companhia com a entrada em operação e o ramp-up de plataformas, além de melhorias de eficiência, adequação do cronograma de manutenção e uma gestão eficiente de reservatórios. Com os esforços que vêm sendo feitos, a expectativa é que a produção média de óleo e gás feche 2025 na banda superior da meta.

Já no segmento de Refino, Transporte e Comercialização, os investimentos foram direcionados para a reativação da fábrica de fertilizantes Araucária Nitrogenados S.A, além da conclusão da obra de ampliação (REVAMP) do Trem 1 da RNEST no final de março e o início da operação da unidade de hidrotratamento de diesel (HDT) da REPLAN, em maio.

Tá, e aí?Nicolas Merola

Nicolas Merola, analista da EQI Research, avaliou que os resultados da Petrobras, referentes ao segundo trimestre do ano, vieram mistos porque existem pontos positivos, mas também dados negativos que podem preocupar os investidores.

Sobre o lado positivo do balanço, Merola explicou que a empresa vem em um aumento muito forte em relação à produção e produtividade.

“Já tínhamos visto isso, produz nesse resultado mais ainda do que o esperado e isso faz com que se posicione e consiga eventualmente diluir os seus custos um pouco melhor”, comentou.

O lifting cost, que é a medida que diz o quanto está custando para a companhia para fazer a extração do petróleo, vem diminuindo. Isso porque quanto mais a empresa extrai petróleo, mais consegue diluir os custos por produção e por consequência você tem um aumento de lucratividade.

Por outro lado, sobre os dados negativos, Merola apontou os investimentos como um dos pontos de preocupação. O problema, segundo ele, não é o aumento dos aportes, mas a velocidades com que eles acontecem.

“Vêm crescendo de forma muito rápida e pode criar algum tipo de preocupação. No ano passado, os investimentos estavam na casa dos US$ 3 bilhões e no trimestre passado (1TRI25), já estavam em US$ 4 bi. E tudo isso acontece em um momento em que o preço do petróleo está estruturalmente mais baixo”, comentou.