Uma ampla pane na Microsoft (MSFT; MSFT34) afetou, nesta quarta-feira (29), os serviços de nuvem Azure e o pacote corporativo Office 365, deixando milhares de usuários em todo o mundo sem acesso a plataformas essenciais. A interrupção ocorreu poucas horas antes da divulgação dos resultados financeiros da empresa, aumentando a tensão entre investidores e clientes corporativos.
Segundo o site Downdetector, que monitora relatos de falhas em tempo real, os problemas começaram por volta das 11h40 (horário do leste dos EUA). Usuários relataram dificuldade para acessar sites e aplicações que dependem da infraestrutura da Microsoft, enquanto até o site oficial da companhia ficou temporariamente fora do ar.
A empresa confirmou a instabilidade por meio de suas contas oficiais de suporte do Azure e do Microsoft 365 na plataforma X. “Estamos investigando um problema que afeta vários serviços do Azure”, informou a conta de suporte. A Microsoft acrescentou que alguns clientes “podem enfrentar dificuldades para acessar o portal” e que a “perda de disponibilidade de certos serviços” foi detectada a partir do meio-dia.
Na sequência, a companhia publicou uma atualização dizendo que sua equipe técnica “segue investigando os fatores que contribuíram para o desastre e as ações adicionais de recuperação”. Segundo a nota, novas informações serão divulgadas “em até 60 minutos”.
Pane na Microsoft: tráfego foi redirecionado para infraestrutura alternativa
A divisão Microsoft 365 também confirmou os problemas, mencionando incidentes de acesso tanto aos serviços quanto ao centro de administração corporativo. “Estamos redirecionando o tráfego afetado para uma infraestrutura alternativa e estável como solução temporária”, afirmou a empresa.
A pane na Microsoft ocorre pouco mais de uma semana após uma falha semelhante atingir sua principal concorrente, a Amazon Web Services (AWS), que lidera o mercado global de infraestrutura em nuvem com 32% de participação, segundo a consultoria Canalys. O Azure, serviço de nuvem da Microsoft, ocupa a segunda posição, com 23%, seguido pelo Google Cloud, com 10%.
As interrupções chamam atenção em um momento em que o setor de computação em nuvem cresce impulsionado pelo avanço da inteligência artificial. As três gigantes — Microsoft, Alphabet (controladora do Google) e Amazon — divulgam seus resultados trimestrais nesta semana, com grande expectativa sobre o desempenho das divisões de nuvem e IA.
Não é a primeira vez que a Microsoft enfrenta esse tipo de instabilidade. Em março deste ano, uma falha de grandes proporções deixou dezenas de milhares de usuários sem acesso ao Outlook e a outros programas da empresa durante um fim de semana.
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