O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, voltou a atacar executivos ligados ao governo democrata. Nesta sexta-feira (26), ele exigiu que Lisa Monaco, ex-procuradora-geral adjunta na gestão de Joe Biden e atual executiva da Microsoft (MSFT; MSFT34), fosse demitida da gigante tecológica.
O pedido foi feito em sua conta no Truth Social, onde Trump tem 10 milhões de seguidores. A declaração ocorreu um dia após o ex-diretor do FBI James Comey ser indiciado, movimento que veio depois de pressões públicas de Trump para que fosse processado.
“Ela é uma ameaça à Segurança Nacional dos EUA, especialmente considerando os grandes contratos que a Microsoft tem com o governo dos Estados Unidos”, escreveu o republicano. Segundo ele, Lisa Monaco teria perdido autorizações de segurança, acesso à inteligência nacional e estaria banida de propriedades federais.
Microsoft tem contratos bilionários com o governo dos EUA
A Microsoft, que tem contratos bilionários com o governo norte-americano, preferiu não comentar as declarações de Trump. No início deste mês, a companhia concordou em conceder US$ 3,1 bilhões em economia em serviços de nuvem para órgãos públicos.
A nomeação de Monaco para a Microsoft ocorreu em julho, conforme informações disponíveis em seu perfil no LinkedIn. A informação voltou a circular nesta sexta-feira, após a âncora Maria Bartiromo, da Fox Business, compartilhar um artigo sobre sua chegada à empresa.
O episódio acontece em meio a decisões recentes da Microsoft envolvendo contratos sensíveis. Na quinta-feira, a companhia anunciou o corte de serviços de nuvem e inteligência artificial para uma unidade do exército israelense, após investigações sobre o uso da tecnologia em operações de vigilância contra palestinos.
Trump deve se reunir na segunda-feira (29) com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, em um encontro acompanhado de perto pela imprensa norte-americana. Já o CEO da Microsoft, Satya Nadella, esteve recentemente na Casa Branca em um jantar com outros líderes de tecnologia.
Em julho, a companhia anunciou um lucro líquido de US$ 27,2 bilhões no quarto trimestre fiscal encerrado em 30 de junho, um crescimento de 24% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro diluído por ação foi de US$ 3,65, também 24% maior, superando as expectativas do mercado.
A receita trimestral totalizou US$ 76,4 bilhões, um aumento de 18% em relação ao mesmo trimestre do ano fiscal anterior, enquanto o lucro operacional cresceu 23%, alcançando US$ 34,3 bilhões. Em moeda constante, esses avanços representaram alta de 17% e 22%, respectivamente.
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