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Lucro líquido da Tesla cai 37% no terceiro trimestre, apesar de avanço na receita

Lucro líquido da Tesla cai 37% no terceiro trimestre, apesar de avanço na receita

A Tesla (TSLA; TSLA34) registrou lucro líquido de US$ 1,37 bilhão no terceiro trimestre de 2025, o que representa uma queda de 37% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando havia alcançado US$ 2,17 bilhões. O resultado equivale a um lucro de 39 centavos por ação, abaixo dos 62 centavos registrados em 2024 e também inferior à expectativa de analistas, que previam 54 centavos por ação ajustados.

A receita total da montadora avançou 12% no trimestre, alcançando US$ 28,1 bilhões e superando as projeções de US$ 26,37 bilhões. O aumento representou uma reversão após dois trimestres consecutivos de queda. A receita automotiva subiu 6%, para US$ 21,2 bilhões, ante US$ 20 bilhões no mesmo período de 2024.

Apesar da expansão na receita, a rentabilidade foi impactada por dois fatores principais: a redução nos preços dos veículos elétricos e o aumento de 50% nas despesas operacionais, atribuídas ao avanço em projetos de pesquisa e desenvolvimento, especialmente nas áreas de inteligência artificial e robótica.

Lucro líquido da Tesla: impactos fiscais

O trimestre foi marcado pelo fim dos créditos fiscais federais para veículos elétricos nos Estados Unidos, medida prevista no projeto de lei de gastos do presidente Donald Trump. O encerramento dos incentivos levou consumidores a anteciparem compras, impulsionando as vendas no curto prazo, mas sem compensar o efeito sobre as margens.

A receita proveniente de créditos regulatórios automotivos recuou 44%, para US$ 417 milhões, em comparação com os US$ 739 milhões obtidos um ano antes.

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Na Europa, as vendas seguiram em queda, pressionadas por um ambiente competitivo mais acirrado e pela reação de consumidores às posturas políticas e declarações polêmicas do CEO Elon Musk. A concorrência de fabricantes como Volkswagen e BYD também pesou sobre o desempenho regional.

Mesmo com o cenário misto, as ações da Tesla acumulam alta de cerca de 9% em 2025, após um início de ano turbulento, embora o desempenho ainda fique abaixo do dos principais índices de referência e de outras companhias de megacapitalização.

Entre os destaques operacionais, a Tesla reportou entregas recordes de 497.099 veículos no trimestre, com produção de 447.450 unidades. No acumulado do ano, as entregas somam cerca de 1,2 milhão, queda de 6% ante o mesmo período de 2024.

O maior impulso de crescimento veio do segmento de geração e armazenamento de energia, cuja receita aumentou 44%, atingindo US$ 3,42 bilhões. O desempenho foi beneficiado pela demanda por baterias Megapack e sistemas solares fotovoltaicos — produtos utilizados inclusive pela xAI, empresa de inteligência artificial fundada por Musk, que gastou aproximadamente US$ 198 milhões com produtos da Tesla desde 2024.

Perspectivas e novos lançamentos

A Tesla reiterou que pretende iniciar a produção em massa do Cybercab, do caminhão elétrico Semi e do sistema Megapack 3 em 2026. A companhia também confirmou estar construindo linhas de produção para seu robô humanoide Optimus.

Sem divulgar metas de volume para o restante de 2025, a empresa alegou incertezas causadas por mudanças nas políticas fiscais e comerciais globais. Ainda assim, destacou a expansão de seu serviço de transporte Robotaxi em Austin e o lançamento de um aplicativo de caronas na Bay Area, com planos de ampliar o modelo para outras cidades.

Por fim, a Tesla lançou versões mais acessíveis dos modelos Y e 3 no início de outubro, buscando manter a atratividade dos produtos após o fim dos créditos tributários. Segundo a empresa, a estratégia visa “tornar os veículos mais acessíveis aos clientes e preservar o ritmo de crescimento no mercado norte-americano”.

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