A AT&T (ATTB34) reporta lucro no 3TRI25 de US$ 0,54 por ação em base ajustada, repetindo exatamente o desempenho registrado no mesmo período do ano anterior. A gigante das telecomunicações apresentou seus números referentes ao terceiro trimestre fiscal, demonstrando consistência em seus resultados operacionais apesar dos desafios de um mercado cada vez mais competitivo.

A receita total da companhia cresceu 1,6% em comparação anual, alcançando US$ 30,7 bilhões no período encerrado em setembro. No entanto, esse resultado ficou ligeiramente abaixo das projeções dos analistas da FactSet, que estimavam receitas de US$ 30,87 bilhões para o trimestre. Mesmo com essa pequena divergência em relação às expectativas do mercado, a empresa manteve sua orientação financeira para o encerramento do ano fiscal.

A companhia reafirmou suas projeções de lucros anuais, mantendo a expectativa de resultados na faixa mais elevada entre US$ 1,97 e US$ 2,07 por ação. Essa confiança da administração sugere que a AT&T enxerga oportunidades de melhoria nos resultados dos próximos meses, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador para o setor de telecomunicações.

Expansão da base de assinantes supera expectativas

O terceiro trimestre trouxe resultados positivos para a AT&T no segmento de mobilidade, com a adição de 405.000 novos assinantes mensais de serviços sem fio. Esse número superou significativamente as estimativas dos analistas da FactSet, que projetavam a entrada de 334.100 novos clientes no período. O desempenho foi impulsionado principalmente por estratégias agressivas de marketing e promoções relacionadas ao lançamento do iPhone 17.

A empresa apostou em planos combinados que oferecem serviços de banda larga sem fio e fibra óptica com descontos atrativos, incentivando os consumidores a contratarem múltiplas ofertas. Essa estratégia se mostrou particularmente eficaz na redução da taxa de cancelamentos e no aumento da fidelização dos clientes. Dados revelam que mais de 41% dos domicílios com serviços de fibra óptica também optaram por planos de telefonia celular da operadora.

A receita de equipamentos cresceu 6,1% no trimestre, refletindo o aumento nas vendas de aparelhos celulares, especialmente durante o período crítico de lançamento do novo iPhone da Apple. Esse crescimento, no entanto, veio acompanhado de um aumento de 3,8% nos custos operacionais da unidade de mobilidade, impulsionado por maiores despesas com a comercialização de aparelhos mais sofisticados e investimentos ampliados em marketing e promoções.

Movimentos estratégicos e desafios setoriais

A AT&T tem direcionado esforços significativos para fortalecer sua infraestrutura de rede e posição competitiva no mercado. Recentemente, a empresa anunciou um acordo histórico de US$ 23 bilhões para adquirir licenças de espectro sem fio da EchoStar, uma movimentação estratégica que tem atraído a atenção dos investidores e analistas do setor.

Por outro lado, a unidade de telefonia fixa empresarial continua apresentando desafios, com receita em queda de 7,8% no terceiro trimestre. Esse declínio está diretamente relacionado à diminuição da demanda por serviços legados de voz e dados, uma tendência que afeta todo o setor à medida que empresas migram para soluções digitais mais modernas e baseadas em nuvem.

O trimestre de setembro é tradicionalmente um período crucial para as operadoras de telefonia móvel nos Estados Unidos, quando a competição atinge seu pico em função do lançamento anual dos novos modelos de iPhone.

A AT&T, assim como suas concorrentes, lançou promoções agressivas para capitalizar esse momento, buscando não apenas atrair novos clientes, mas também estimular usuários existentes a migrarem para planos mais sofisticados e de maior valor agregado.