A Netflix (NFLX; NFLX34) registrou lucro líquido de US$ 2,54 bilhões no terceiro trimestre de 2025 (3TRI25), alta de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. O ganho por ação diluído foi de US$ 5,87, abaixo da previsão de analistas de US$ 6,96, refletindo o impacto de uma despesa inesperada com o fisco brasileiro que reduziu a margem operacional da companhia, segundo balanço divulgado.
A receita da gigante do streaming somou US$ 11,51 bilhões, crescimento de 17,2% na comparação anual, em linha com as projeções da própria empresa. O avanço foi impulsionado pelo aumento do número de assinantes, pelos ajustes de preços e pelo crescimento da receita publicitária — área que vem se consolidando como um dos principais motores de expansão da plataforma.
O balanço da Netflix revelou que a margem operacional ficou em 28%, abaixo da previsão de 31,5%, devido a uma despesa de aproximadamente US$ 619 milhões. O valor refere-se a uma disputa em andamento com as autoridades fiscais brasileiras envolvendo tributos não relacionados à renda, cobrindo períodos de 2022 até o 3º trimestre de 2025.
Segundo a empresa, essa despesa — registrada como custo de receita — reduziu a margem operacional do trimestre em mais de cinco pontos percentuais. Sem esse efeito, a companhia afirma que teria superado suas metas internas. A Netflix destacou ainda que não espera impactos materiais dessa questão sobre seus resultados futuros.
Balanço da Netflix: receita e assinantes continuam em alta
Mesmo com o impacto fiscal, o lucro operacional atingiu US$ 3,2 bilhões, alta de 12% em relação ao 3º trimestre de 2024, quando a margem havia sido de 30%. A empresa ressaltou que o desempenho reflete o fortalecimento da base global de assinantes e o sucesso de produções originais recentes, como Wednesday S2 e KPop Demon Hunters, seu filme mais popular até hoje.
Para o 4º trimestre de 2025, a Netflix projeta crescimento de 17% na receita (ou 16% em base neutra de câmbio), sustentado pelo aumento de assinantes e pela expansão do modelo com anúncios. A empresa estima uma margem operacional de 23,9%, dois pontos percentuais acima da registrada no mesmo período do ano anterior.
No acumulado do ano, a companhia espera atingir US$ 45,1 bilhões em receita, o que representa alta de 16% (ou 17% em base neutra de câmbio), além de uma margem operacional anual de 29%, ligeiramente abaixo da projeção inicial de 30% — ajuste atribuído ao impacto da questão tributária no Brasil.
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