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IPOs em 2024: quantidade de ofertas cai, mas valor captado aumenta

IPOs em 2024: quantidade de ofertas cai, mas valor captado aumenta

Um estudo da consultoria EY, divulgado nesta quarta-feira (5), apontou que os IPOs, as ofertas iniciais de ações, caíram 7% no mundo todo no primeiro trimestre de 2024. Foram 287 ofertas iniciais de ações, contra 307 do mesmo período do ano passado. No entanto, o volume captado nessas operações aumentou também 7%, indo de US$ 22,1 bilhões para US$ 23,7 bilhões.

Os dados fazem parte do estudo “EY Global IPO Trends Q1 2024”, relatório que trimestralmente analisa dados globais de IPO para definir tendências de mercado e perspectivas futuras.

De acordo com o relatório, ao longo dos anos, o cenário de IPOs testemunhou uma mudança nas expectativas de avaliação entre compradores e vendedores.

Os vendedores reduziram suas expectativas de avaliação, ajustando-se à realidade do mercado em um ambiente de oferta “apertada” de dinheiro. Por outro lado, os mercados de ações de algumas das principais economias estão em alta, com investidores antecipando uma possível redução das taxas de juros, especialmente nos Estados Unidos. “À medida que o cenário evolui, há uma esperança crescente de que a diferença de avaliação entre compradores e vendedores diminua”, aponta o estudo.

gráfico IPOs
Número de IPOs realizados. Fonte: EY

Desempenho dos mercados de IPO no primeiro trimestre de 2024

No primeiro trimestre de 2024, um número significativo de empresas recém-listadas viram os preços das ações subirem em relação ao preço da oferta inicial. Esta tendência pode indicar uma melhora nas avaliações e nos níveis de preços, refletindo a crescente confiança entre emissores e investidores.

O Japão se destaca entre os demais países neste quesito. Europa e Oriente Médio também tiveram melhores retornos de IPOs, enquanto EUA, Ásia e Índia mantiveram uma tendência estável em comparação com o trimestre anterior.

Os setores industrial, de consumo e de tecnologia foram os três principais setores de IPO por número e mostraram a melhoria mais significativa no desempenho pós-mercado em comparação com o primeiro trimestre de 2023.

Em contraste, o setor financeiro viu uma redução substancial no número de IPOs.

Pausa de IPOs na China influencia resultado

Globalmente, a queda nas operações foi impulsionada pela região da Ásia-Pacífico, que registrou uma diminuição de 34% no número de ofertas públicas e de 56% na receita. Segundo a EY, esse movimento está ligado a uma “condição desfavorável do mercado”, com aumento da saída de capitais, além de uma pausa temporária de IPOs na China.

Na região das Américas, houve aumento tanto em volume quanto em número de ofertas.

Foi registrado um crescimento de 21% no número de IPOs e de 178% em receita, totalizando 52 ofertas públicas e uma arrecadação de US$ 8,4 bilhões no período de janeiro a março, segundo o estudo.

Com exceção de três operações, todas foram em bolsas nos Estados Unidos. Os setores de saúde e tecnologia continuam a representar a maior parte da atividade por número de IPOs. A atividade biotecnológica tem sido particularmente robusta, com nove operações arrecadando US$ 1,5 bilhão no primeiro trimestre de 2024.

Na região que engloba Europa, Oriente Médio e África (EMEIA), foi registrado um crescimento de 40% na quantidade de ofertas públicas e de 58% no volume arrecadado. No total, foram 116 IPOs com captação de US$ 9,5 bilhões.

Situação do mercado de IPO no Brasil e em outras regiões

No Brasil, já são dois anos sem listagem de novas empresas na bolsa de valores. Segundo a EY, a retomada é esperada para o segundo semestre de 2024.

Segundo a consultoria, espera-se que as empresas que estrearão em 2024 sejam lucrativas e em setores tradicionais, mas isso vai depender de uma melhoria no contexto do mercado, incluindo a perspectiva de taxas de juros de um dígito. Vale dizer, a Selic, taxa básica de juros, está atualmente em 10,50% ao ano, com as expectativas sendo revisadas para cima, devido à postergação da expectativa de corte de juros nos EUA e o risco fiscal no Brasil.

O que significa IPO?

IPO (Initial Public Offering, em inglês) é uma sigla que significa Oferta Pública Inicial. É quando uma empresa vende ações para o público pela primeira vez. Esse procedimento é conhecido como abertura de capital. Portanto, é a primeira vez que os proprietários da empresa renunciam de parte dessa propriedade em favor de acionistas de forma geral.

O que leva uma empresa a fazer IPO?  

Ao fazer IPO, a empresa está captando recursos no mercado, via aporte financeiro de novos investidores. Ou seja, ao receber esses recursos, a empresa estará capitalizada para fazer novos investimentos.

Em resumo, a venda de ações ocorre porque a empresa quer recursos para executar algum projeto, expandir as operações, adquirir concorrentes, entre outras estratégias.

Qual a vantagem do IPO para o investidor?

Dependendo do IPO, o investidor poderá ter um lucro bem expressivo. Isso porque as empresas podem chegar ao mercado ainda com a ação valendo pouco. Tudo dependerá da análise que o mercado fará sobre suas operações.

Qual a desvantagem do IPO para o investidor? 

Como a empresa não tem um histórico de cotações em bolsa, não há base de comparação de preços. Isso poderá gerar alta volatilidade nos papéis.

Quando a sigla IPO começou a ganhar popularidade?

Isso aconteceu durante a década de 90, com o boom que houve no setor de tecnologia e internet. Em 2007, o Brasil também passou por uma nova onda de ofertas, muito incentivado pelo bom momento da economia.

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