A Gol ($GOLL4) reportou um prejuízo líquido de R$ 830 milhões no terceiro trimestre de 2024 (3TRI24), o que representa uma redução de 36% em relação ao mesmo período do ano anterior.
O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) somou R$ 491 milhões, apresentando uma queda de 60,7% em relação ao 3TRI24. A margem EBITDA recorrente foi de 24%. “Esse desempenho demonstra a resiliência do modelo de negócio da Gol frente a um ambiente desafiador”, destacou a companhia aérea.
No trimestre, a receita líquida da Gol alcançou R$ 4,960 bilhões, um crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período de 2023. No entanto, a receita líquida por assento-quilômetro (RASK) caiu ligeiramente 0,3%, enquanto a receita de passageiros unitária (Yield) recuou 1%.
A empresa atribuiu essa variação à maior etapa média dos voos, que aumentou em 10%, e à insuficiência das tarifas médias para compensar a desvalorização cambial de mais de 13%. “Esse desempenho reflete condições de mercado com uma tarifa média insuficiente para fazer frente à desvalorização cambial observada no período (superior a 13%)”, explicou a Gol.
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Gol atualiza progresso no Chapter 11 e reestruturação financeira
A Gol também atualizou sobre seu processo de reorganização sob o Chapter 11 nos Estados Unidos.
“Qualquer plano proposto de reorganização endereçará, entre outras coisas, mecanismos para dirimir reivindicações de acionistas e atuais credores contra a companhia”, afirmou a empresa, ressaltando que “não há garantia de que o Bankruptcy Court irá confirmar o plano de reorganização proposto pela companhia”.
Em junho de 2024, a Gol iniciou a renegociação de contratos com arrendadores de aeronaves, que envolveu alterações nos fluxos de pagamentos de arrendamentos, arrendamentos suplementares (reserva de manutenção, depósitos de manutenção, depósitos para garantia, entre outros), troca de motores, rejeição de motor e negociação de passivos não garantidos de aeronaves e motores.
Em 3 de junho, o tribunal aprovou a extensão do prazo para a apresentação do plano de reorganização até 21 de outubro de 2024 e para requerer os votos deste plano até 20 de dezembro de 2024.
Em agosto, foi aprovada uma negociação com os bancos Santander ($SANB11), Banco do Brasil ($BBAS3) e Bradesco ($BBDC4), que incluiu uma linha garantida para a cessão de recebíveis.
Em setembro, a Gol concluiu as negociações com arrendadores e todos os acordos de reestruturação foram aprovados pelo tribunal, totalizando 139 aeronaves e 58 motores sobressalentes.
No início de novembro, a empresa firmou um Acordo de Apoio ao Plano de Reestruturação (PSA) com a Abra Group Limited e o Comitê de Credores Quirografários.
“A Companhia se comprometeu em converter parte de sua dívida anterior à instauração do Chapter 11 em ações e/ou extinguir sua dívida de outra forma em até US$1,7 bilhão”, explicou a Gol.
Além disso, a empresa prevê a redução de até US$ 850 milhões em outras obrigações.
A administração da Gol afirmou que “a implementação bem-sucedida deste plano de reorganização fortalecerá a estrutura de capital da Companhia, permitindo um foco renovado em suas operações e estratégias de crescimento futuras”.
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