Se você gosta de automobilismo e velocidade, então já tem programa certo: assistir ao longa “Ferrari”, de Michael Mann, em cartaz nos cinemas.
Mas não é só a estes que o filme promete agradar. Quem gosta de dramas humanos e histórias de superação, também deve se interessar.
O universo da escuderia italiana ganha vida nas telonas, inspirado na biografia “Ferrari, o homem por trás das máquinas”, escrita por Bock Yates.
O filme mergulha em um período tumultuado na vida do fundador da empresa Ferrari (RACE), Enzo Ferrari, interpretado por Adam Driver. Isso porque A fábrica de carros esportivos enfrenta a ameaça iminente da falência, mesmo após conquistar três campeonatos de Fórmula 1.
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Ferrari: negócios e vida pessoal do fundador da escuderia
A narrativa se desenrola em 1957, quando Enzo se vê à beira do abismo financeiro. Sua lendária escuderia, apesar de ter estabelecido uma mítica em torno de seus carros, não consegue transformar isso em uma produção industrial sustentável.
A possibilidade de vender a Ferrari para a Ford surge como uma saída, mas o destino dos negócios depende de uma vitória na icônica corrida Mille Miglia, considerada por Enzo como seu “Santo Graal”. A vitória, no entanto, desencadeia a necessidade incessante por mais triunfos, tanto nas pistas quanto na linha de produção.
O drama não se limita aos negócios. A vida pessoal de Enzo é marcada pela tragédia da perda de seu filho Dino, em 1956, falecido aos 24 anos devido a uma distrofia muscular progressiva. O filme destaca o colapso do casamento de Enzo com Laura Garello (interpretada por Penélope Cruz), cofundadora da empresa e detentora de metade das ações.

O luto pela perda do filho afasta Enzo de Laura, dirigindo sua atenção para outra mulher, Lina Lardi (Shailene Woodley), mãe de Piero, filho de Enzo, mantido em segredo devido a uma relação extraconjugal.
A produção também traz um toque brasileiro ao elenco, com o ator Gabriel Leone interpretando o piloto Alfonso de Portago.
O filme promete imergir os espectadores na intensa história de Enzo Ferrari, desde seus dias como piloto nos anos 1920 até o desafio crucial de salvar sua empresa em 1957.
Ao abordar as pistas de corrida, o filme se inicia com uma sequência em preto e branco, relembrando os primeiros dias de Enzo como piloto da Alfa Romeo. Saltando para 1957, a trama destaca Enzo como o renomado fabricante de carros esportivos, imerso em sua vida doméstica na cidade de Modena.
No entanto, a empresa enfrenta uma crise financeira, forçando Enzo a buscar investidores para evitar a falência.
Embora tenha sido ignorado pelo Oscar e enfrentado desafios nas bilheteiras, “Ferrari” merece reconhecimento. O público pode inicialmente considerar a história exclusiva para os entusiastas do automobilismo, mas o filme transcende esse nicho. Em “Ferrari”, as máquinas não são apenas objetos de velocidade, mas extensões da glória e da tragédia humanas.
A história da empresa
A trajetória de uma das principais marcas do mercado automotivo teve início em Maranello, na Itália, pelas mãos de Enzo Ferrari, fundador da empresa.
Inicialmente conhecida como Scuderia Ferrari, a marca patrocinava pilotos e carros de corrida já existentes. Somente após 17 anos, em 1946, a Ferrari lançou seu pioneiro modelo 125S, equipado com um motor V12.
Nascida com a vocação para competir, a Ferrari alcançou sua primeira vitória na Fórmula 1 em 1951. Em pouco tempo, consolidou-se como uma das maiores competidoras de todos os tempos. Em 1956, o piloto argentino Juan Manuel Fangio conquistou o campeonato mundial pilotando uma Ferrari.
Entretanto, apesar do sucesso nos anos 50, a década de 60 trouxe desafios significativos para a marca. A fabricante americana Ford tentou adquirir a Ferrari, reconhecendo seu potencial nas competições automotivas, mas as negociações não prosperaram.
Enzo Ferrari, então, optou por vender 50% de sua empresa para a italiana Fiat, que, atualmente, detém 90% das ações da renomada fabricante de carros de luxo.
Ao longo de sua existência, a Ferrari destacou-se especialmente na Fórmula 1, tornando-se a equipe de corrida mais antiga e bem-sucedida, com mais de 240 vitórias.
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Curiosidades sobre a marca Ferrari
O icônico emblema do “cavalinho” da Ferrari, inicialmente utilizado em um avião da Força Aérea italiana durante a I Guerra Mundial, foi adotado por Enzo Ferrari em 1932, trazendo consigo a crença de que traria boa sorte à marca.
Outro elemento distintivo da Ferrari, a cor vermelha, não foi originalmente escolhida por Enzo, mas foi imposta pela Federação Internacional de Automobilismo nos primeiros Grand Prix. Embora essa regra não exista mais, o vermelho tornou-se a cor favorita dos clientes da Ferrari, associando-se ao status e à elegância.

Como investir na Ferrari
A Ferrari está listada na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) desde 2015, sob o ticker RACE, e também na Bolsa de Milão (BIT), sob o ticker RACE.MI.
Para investir na marca, o primeiro passo é abrir uma conta em uma corretora ou banco que permita investir em ativos dos Estados Unidos, como o BTG Internacional ou a Avenue. A abertura é simples e desburocratizada e você pode contar com a assistência de um assessor da EQI Investimentos para fazer o investimento.
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Antes de investir nas ações da Ferrari, porém, é importante fazer a sua própria pesquisa, analisar os fundamentos, os riscos e as oportunidades da empresa, e definir os seus objetivos e o seu perfil de investidor.