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ELET3: após resultado fraco no 1TRI25, EQI Research segue otimista com papel

ELET3: após resultado fraco no 1TRI25, EQI Research segue otimista com papel

Apesar de um primeiro trimestre fraco em 2025, a EQI Research mantém sua visão otimista sobre as ações da Eletrobras (ELET3), apostando no potencial de valorização da empresa no médio e longo prazo. A elétrica reportou um prejuízo líquido de R$ 354 milhões entre janeiro e março, revertendo o lucro de R$ 331 milhões obtido no mesmo período de 2024. Na comparação com o trimestre anterior, quando lucrou R$ 1,11 bilhão, a queda foi ainda mais expressiva.

O principal vilão do trimestre foi o aumento dos custos com compra de energia para revenda no segmento de comercialização, que surpreendeu negativamente o mercado. O EBITDA caiu 6,5% na comparação anual, para R$ 4,32 bilhões, e a margem EBITDA recuou de 53% para 41,5%. Mesmo com crescimento de 19,5% na receita líquida, que alcançou R$ 10,41 bilhões, o resultado operacional não foi suficiente para compensar o aumento das despesas.

Otimismo com ELET3: três frentes estratégicas

Apesar dos números fracos, a EQI vê o cenário com bons olhos. O analista João Zanott destaca três frentes estratégicas que, segundo ele, mostram que a tese da empresa está avançando e devem contribuir para a melhora dos resultados nos próximos trimestres:

  1. Redução de custos com pessoal – A companhia reduziu seu quadro de funcionários de 7.710 para 7.247 colaboradores, o que, mesmo gerando encargos trabalhistas no curto prazo, tende a reduzir significativamente os custos operacionais no futuro. “Gostamos muito desse movimento. A empresa está ganhando eficiência”, afirma Zanott.
  2. Liquidação do empréstimo compulsório – A Eletrobras conseguiu reduzir o estoque da dívida judicial em mais de 50%, eliminando cerca de R$ 500 milhões em passivos por meio de acordos judiciais. Com isso, também ganha espaço para vender participações acionárias que estavam dadas como garantia, o que pode se transformar em dividendos. “A companhia é uma excelente pagadora de proventos, e essa frente amplia esse potencial”, reforça o analista.
  3. Vendas futuras de energia a preços atrativos – Durante a divulgação dos resultados, a companhia informou que já realizou vendas expressivas de energia para os próximos anos, com preços mais vantajosos e aumento da base de clientes na área de comercialização. Para a EQI, esse movimento torna a geração de receita mais previsível e segura.

Mesmo com a queda das ações após a divulgação do balanço — o papel foi penalizado no pregão de quinta-feira (15), recuando 3,22% —, a EQI reforça sua recomendação positiva.

“Para quem tem um horizonte de longo prazo, ELET3 continua sendo uma ótima posição. Por isso ela está nas nossas carteiras de dividendos e buy and hold”, afirma Zanott.

A confiança é tanta que a corretora aumentou a participação de Eletrobras em sua carteira buy and hold de maio, de 10% para 15%. Outros movimentos importantes na carteira incluem a substituição de Itaú ($ITUB4) por Itaúsa ($ITSA4) e a redução na exposição a Gerdau ($GGBR4). A JBS ($JBSS3) também permanece entre as favoritas, com expectativa de valorização diante de uma possível dupla listagem no Brasil e nos Estados Unidos.

Outro ponto que sustenta o otimismo da EQI Research com a Eletrobras é a melhora na governança corporativa, com a saída de nomes ligados ao governo do conselho de administração. Isso, somado a um ambiente positivo para os preços de energia, reforça o potencial de valorização do papel.

A empresa negocia abaixo da média histórica de múltiplos e, segundo a EQI, oferece uma taxa interna de retorno (TIR) real superior a 11% ao ano, tornando-se, na visão da casa, uma das oportunidades mais atrativas do mercado brasileiro no momento.