As debêntures das Americanas (AMER3), que seriam pagos ontem (16) por meio de juros remuneratórios, acabaram não ocorrendo, conforme informou nesta terça-feira (17) a empresa.
A companhia explicou que que os juros de debêntures previstos para serem pagos ontem (16), não ocorreu por conta de decisão judicial favorável à empresa que suspendeu os pagamentos de dívidas e, por conta disso, os juros remuneratórios foram suspensos.
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A rede varejista explicou a questão após receber um ofício da B3 (B3SA3) que questionou o não pagamento dos juros, cujas debêntures. Estes ativos não foram liquidados e agora encontram-se inadimplentes.
“Tendo em vista o disposto na decisão proferida pelo Juízo da 4ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, encontra-se suspensa a exigibilidade dos juros remuneratórios previstos na cláusula 4.2.2 da escritura da 17ª emissão de debêntures de emissão da companhia”, explicou a empresa.
Debêntures das Americanas (AMER3): linhas de crédito começam a ficar escassas
Com o não pagamento dos juros remuneratórios das debêntures das Americanas (AMER3), fica mais forte o sinal de escassez em linhas de crédito. Na segunda-feira (16), tanto fornecedores quanto seguradores se colocaram reticentes em relação à Americanas, e isso pode colocar seu marketplace em xeque. Este é, atualmente, a principal frente da companhia.
Em paralelo a tudo isso, a agência de risco Moody’s alterou o rating da Companhia de CFR (Corporate Family Rating) para ‘Caa3’. Já a S&P Global Ratings alterou o rating da companhia em sua classificação de crédito em escala global para ‘D’ e em escala nacional brasileira para ‘D’. Isso significa que a companhia, de acordo com a agência de risco entrou em situação de default.
Por sua vez, o Bank of America (BofA) entrou com recurso na Justiça questionando a tutela cautelar preparatória de recuperação judicial obtida pela empresa. O banco tem contratos de derivativos com a companhia.
Credores têm primeira reunião com a Rotschild
Os bancos credores da Americanas (AMER3) tem hoje a primeira reunião de negociação com consultoria Rotschild, contratada pela rede varesjista para tocar as questões com os bancos. Instituições com o BTG Pactual (BPAC11) tem tentado derrubar ação judicial que impede a cobrança de uma dívida de R$ 1,2 bilhão. Outro banco que também deve entras nas negociações é o Bank of America. O sócio da consultoria, Luiz Muniz, pretende conduzir as negociações tendo em vista a reestruturação dos bancos, segundo matéria do jornal Valor Econômico.
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