O BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para as ações da Aura Minerals (AURA33), destacando a companhia como uma das melhores histórias de crescimento em sua cobertura no setor de mineração de ouro. O relatório foi divulgado após o encontro entre o banco e o CEO da Aura, Rodrigo Barbosa, durante a conferência de executivos promovida pelo BTG em Nova York.
Segundo os analistas, o desempenho operacional da mineradora segue dentro do cronograma e do orçamento, com avanços significativos em projetos estratégicos, como Borborema, Serra Grande e Era Dourada, além da conclusão da listagem das ações na Nasdaq. O banco vê um potencial de valorização apoiado por gatilhos de curto prazo — como o fechamento da aquisição da Serra Grande e a publicação do estudo de viabilidade na Guatemala — e por uma política de dividendos consistente, com retorno entre 8% e 10% ao ano.
Com o preço do ouro ao redor de US$ 4.091 por onça, a Aura é negociada a 3,3 vezes EV/EBITDA estimado para 2026, patamar considerado atrativo pelo BTG. O banco destaca ainda a postura conservadora da gestão mesmo em um cenário de preços elevados do ouro, mantendo o foco em eficiência e disciplina financeira.
Setor do ouro: BTG cita projeto Borborema como destaque
Entre os principais destaques operacionais, o BTG cita o avanço do projeto Borborema, que já entrou em operação comercial no terceiro trimestre. A companhia conseguiu superar pequenos contratempos iniciais e deve aumentar sua capacidade produtiva nos próximos anos. O projeto conta com cerca de 800 mil onças em reservas, com vida útil de 11 anos, e pode dobrar esse volume para 1,6 milhão de onças após o realinhamento de uma rodovia próxima.
Outro ponto de atenção é o projeto Era Dourada, na Guatemala, descrito como uma das iniciativas mais promissoras da empresa, com teores subterrâneos de ouro acima da média global. O estudo de viabilidade deve ser divulgado entre dezembro e o início de 2026, com potencial de produção de 90 a 100 mil onças por ano.
A aquisição da mina Serra Grande, prevista para ser concluída entre novembro e dezembro, também foi destacada. A Aura pretende investir nos primeiros meses de operação para restaurar a produtividade e reduzir custos, mirando uma produção superior a 80 mil onças anuais e custo total (AISC) abaixo de US$ 2.000 por onça, contra cerca de US$ 3.000 atualmente.
Por fim, o BTG ressaltou a disciplina da companhia em fusões e aquisições, conduzidas diretamente pelo CEO e principais executivos, com foco em projetos de 80 a 100 mil onças por ano e crescimento sustentável. A gestão reafirmou ainda o compromisso com a atual política de dividendos e uma estrutura de capital eficiente: caso haja excesso de caixa, os valores serão distribuídos aos acionistas.
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