O BTG Pactual (BPAC11) reiterou sua recomendação de compra para as ações da Petrobras (PETR4) no 3TRI25, com preço-alvo de R$ 44, após a estatal apresentar resultados acima das expectativas de mercado. Segundo o banco, o desempenho da companhia reflete a combinação de disciplina financeira, estabilidade operacional e forte geração de caixa, consolidando a empresa como uma das mais rentáveis do setor global de petróleo e gás.
De acordo com o relatório, o lucro líquido da Petrobras no 3TRI25 ficou acima das estimativas dos analistas, impulsionado pela solidez do segmento de exploração e produção (E&P), que continua sendo o principal motor dos resultados da estatal. O Ebitda ajustado também superou as projeções, refletindo maior volume de exportações e o impacto positivo da desvalorização do real frente ao dólar.
O banco destacou que, mesmo com o ambiente desafiador dos preços do barril de petróleo, a Petrobras manteve margens operacionais elevadas e conseguiu preservar sua eficiência em custos. A geração de caixa livre atingiu um patamar robusto, permitindo que a empresa continuasse a remunerar seus acionistas de forma consistente, dentro da política de dividendos definida.

Petrobras no 3TRI25: dividendos e valorização das ações
O BTG enfatizou que a Petrobras no 3TRI25 segue sendo uma alternativa atrativa para investidores em busca de retorno estável. O banco ressaltou que o atual patamar de dividendos é sustentável e deve permanecer competitivo frente às maiores petroleiras do mundo, especialmente em um cenário de alta volatilidade nos mercados globais.
Além disso, o relatório reforçou que o preço-alvo definido para as ações da companhia permanece acima da cotação atual, indicando espaço relevante para valorização. Essa avaliação é sustentada pela combinação de fluxo de caixa sólido, perspectiva de aumento gradual da produção e investimentos em ativos estratégicos de alto retorno.
Foco em disciplina de capital e redução de dívidas
O BTG Pactual também elogiou a postura conservadora da Petrobras quanto à gestão de capital e endividamento. A estatal encerrou o trimestre com redução na alavancagem financeira e manteve sua meta de manter a dívida bruta abaixo de US$ 65 bilhões, o que reforça a solidez de seu balanço.
A análise destacou que essa disciplina contribui para aumentar a previsibilidade dos resultados e para proteger a companhia de eventuais choques externos, como flutuações cambiais ou quedas abruptas no preço do petróleo.
No campo estratégico, o BTG observou que a Petrobras segue ampliando sua presença em projetos ligados à transição energética, sem abrir mão da rentabilidade de suas operações tradicionais. A estatal tem direcionado parte de seus investimentos para iniciativas em descarbonização, biocombustíveis e energias renováveis, com o objetivo de diversificar suas fontes de receita ao longo da próxima década.
Segundo o banco, o desafio da empresa será equilibrar esse movimento de transformação energética com a manutenção de retornos atrativos aos acionistas. O BTG avalia que a companhia tem conseguido avançar nessa direção de forma gradual e consistente, aproveitando sua escala e capacidade de investimento.
Governança e estabilidade institucional
Outro ponto positivo ressaltado pelo relatório é a evolução da governança corporativa da Petrobras. O BTG considera que a atual gestão tem adotado decisões técnicas e fundamentadas, mesmo diante de pressões políticas. Essa postura contribui para reduzir riscos de interferência estatal excessiva e reforça a confiança do mercado no compromisso da empresa com boas práticas de governança.
O banco afirmou que, apesar do cenário político e das discussões em torno da política de preços de combustíveis, a Petrobras tem demonstrado resiliência e capacidade de adaptação, preservando seus fundamentos financeiros.
Como foi o balanço da Petrobras no 3TRI25
O lucro líquido da Petrobras no 3TRI25 atingiu US$ 6 bilhões, tendo uma alta de 2,7% ante o lucro de US$ 5,8 bilhões sobre o mesmo período do ano passado.
No acumulado dos nove primeiros meses do ano, a petroleira informou lucro líquido de US$ 16,7 bilhões ante lucro de US$ 10,3 milhões no mesmo período do ano passado, tendo uma elevação de 62,3%.
Quando considerado lucro líquido sem eventos exclusivos, a Petrobras informou US$ 5,2 bi, uma queda de 4,4% com relação ao mesmo período de 2024, quando havia sido de US$ 5,4 bilhões.
“A Petrobras está gerando resultados financeiros positivos e retorno aos seus acionistas, mesmo diante do novo patamar de preços do petróleo. Aumentamos nossa eficiência, reduzimos as paradas de produção e alcançamos o topo da produção do FPSO Almirante Tamandaré, superando sua capacidade nominal. São diversas frentes de trabalho que se traduzem em resultados concretos para a companhia, seus acionistas e para a sociedade brasileira”, comentou Fernando Melgarejo, Diretor Financeiro e de Relacionamento com Investidores.
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