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BTG mantém recomendação neutra para GPA após balanço do 4TRI24

BTG mantém recomendação neutra para GPA após balanço do 4TRI24

O BTG Pactual (BPAC11) manteve sua recomendação neutra para as ações do GPA (PCAR3), após o balanço da companhia no quarto trimestre do ano (4TRI24), com preço-alvo de R$ 4.

“Apesar da melhora dos resultados operacionais nos últimos trimestres e da implementação efetiva de iniciativas para reduzir a alavancagem, ainda vemos o GPA como uma opção mais arriscada entre os varejistas de alimentos. O processo de reestruturação para recuperar as vendas e a lucratividade das operações do PCAR3 continua em andamento e, com o ritmo de desalavancagem ainda em foco (em meio a um cenário de altas taxas de juros), mantemos nossa recomendação Neutra”, informou o BTG.

A receita bruta da empresa totalizou R$ 5,6 bilhões no período, um avanço de 6,3% em relação ao ano anterior, mas 1% abaixo das projeções. A recuperação do lucro líquido foi acompanhada por uma melhora na margem EBITDA, refletindo os esforços de eficiência da companhia. No segmento de lojas de proximidade, o indicador SSS avançou 4,9% no ano, com ganho de 1,6 ponto percentual de participação de mercado em São Paulo. A expansão física também seguiu forte, com 29 novas unidades inauguradas no trimestre, totalizando 60 aberturas nos últimos 12 meses.

GPA (PCAR3): estratégias de reestruturação impulsionam margens

De acordo com o relatório BTG, a margem bruta do GPA aumentou 20 pontos-base, atingindo 27,2%, acima das estimativas do banco de investimentos. O resultado foi impulsionado por melhores condições de compra, estratégias de precificação mais eficientes e a expansão da mídia de varejo, que cresceu 157% em 2024. Além disso, as despesas gerais e administrativas (SG&A) caíram 130 pontos-base, refletindo a redução de custos operacionais e o encerramento de despesas com o antigo controlador.

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O EBITDA ajustado do GPA foi de R$ 498 milhões, alta de 25% em relação ao mesmo período de 2023 e superando em 5% as projeções do BTG. No entanto, o resultado líquido ajustado das operações continuadas ficou negativo em R$ 174 milhões, pior do que os R$ 91 milhões registrados no 4T23.

A empresa também registrou despesas não recorrentes de R$ 291 milhões relacionadas a provisões sociais e trabalhistas, além de impactos de R$ 273 milhões referentes a negociações tributárias, reestruturação administrativa e impairments de ativos.

Estrutura de capital ainda é desafio

O GPA avançou no processo de desalavancagem, reduzindo sua dívida líquida de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,4 bilhão no trimestre, levando a uma relação dívida líquida/EBITDA de 1,7x, contra 2,7x no 4T23. O fluxo de caixa operacional após investimentos (capex) foi positivo em R$ 903 milhões, ainda abaixo dos R$ 1 bilhão registrados no mesmo período do ano anterior.

Apesar da recuperação operacional e dos esforços de reestruturação, o BTG alerta que a estrutura de capital do GPA continua sendo um ponto crítico, especialmente diante do cenário de juros elevados. Dessa forma, a recomendação para as ações segue neutra, indicando que, embora a empresa apresente sinais positivos de recuperação, ainda há desafios a serem superados no médio prazo.

Balanço no 4TRI24: veja como foi

O GPA aprofundou o prejuízo líquido no quarto trimestre do ano (4TRI24) para R$ 1,104 bilhão contra R$ 303 milhões no mesmo período do ano anterior, mais do que dobrando as perdas. Já no acumulado do ano passado, as perdas foram menores do que no ano anterior, ao atingir R$ 2,407 bilhões ante R$ 2,271 bilhões.

O ebitda ajustado consolidado da rede de supermercados atingiu R$ 498 milhões nos três últimos meses do ano passado contra R$ 397 milhões do mesmo período do ano anterior, tendo uma alta de 25,4%.

Já a receita líquida no 4TRI24 foi de 5,220 bilhões do 4TRI24 contra R$ 4,884 bilhões do último trimestre de 2023, resultando em uma elevação de 6,9%.

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