O banco BTG Pactual (BPAC11) mantém recomendação neutra para Azul (AZUL4) após a divulgação de seu balanço do terceiro trimestre (3TRI24), com preço-alvo de 17. A companhia aérea reportou uma receita líquida de R$ 5,2 bilhões, em linha com o esperado, enquanto o ebitda de R$ 1,6 bilhão superou a estimativa em 8%, registrando um aumento de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior.
No entanto, a companhia aérea registrou prejuízo de R$ 203 milhões – apesar de ser um valor bem inferior à perda de R$ 855 milhões no terceiro trimestre de 2023 e também acima das previsões de mercado.
Segundo o relatório BTG, a estabilidade das tarifas e uma ligeira redução na alavancagem da empresa para 4,4x refletem uma operação equilibrada em meio a desafios. As receitas de passageiros aumentaram 4%, acompanhadas por um incremento de 9% nas receitas de carga e outros serviços, impulsionadas pela demanda doméstica de carga e uma recuperação parcial das rotas internacionais, compensadas pela redução da capacidade no Rio Grande do Sul.
No âmbito financeiro, a Azul fechou um acordo significativo com arrendadores e detentores de bônus, o que reduzirá sua alavancagem para 3,4x, beneficiando a geração de caixa futura com a redução de cerca de R$1 bilhão nos pagamentos de juros a partir de 2025. Esse pacote de financiamento, que inclui até US$500 milhões, foi estruturado em etapas e será concluído conforme a Azul atinja determinadas metas de fluxo de caixa.
Azul (AZUL4): projeções para 2024
Para 2024, a Azul prevê aumentar a capacidade em 6% e alcançar um ebitda superior a R$6 bilhões, sustentada pela demanda elevada e preços favoráveis de combustíveis. Para 2025, a meta de EBITDA é de R$7,4 bilhões, baseada no crescimento do setor de viagens. Contudo, a companhia ainda enfrenta pressões, como a volatilidade cambial e a oscilação dos preços de petróleo, que podem impactar seus resultados.
O BTG observa que, apesar dos avanços, investidores devem acompanhar de perto os esforços de gestão de passivos e a possibilidade de fusão com a Gol. A recomendação é que o mercado aguarde mais clareza sobre a valorização do real e o potencial de diluição de ações antes de uma nova avaliação de investimentos na Azul.
Balanço da Azul no 3TRI24
A AZUL4 reduziu o seu prejuízo líquido ajustado para R$ 203,1 milhões no terceiro trimestre de 2024, uma melhora de 76,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior.
Segundo a companhia aérea, esse resultado reflete o aumento de 6,7% no lucro operacional, que alcançou um recorde de R$ 1,027 bilhão, com uma margem de 20%.
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