Como viver de renda?
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Notícias
BTG (BPAC11) mantém recomendação neutra para GPA (PCAR3) após balanço

BTG (BPAC11) mantém recomendação neutra para GPA (PCAR3) após balanço

O banco BTG Pactual ($BPAC11) manteve sua recomendação neutra para as ações do GPA ($PCAR3) após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2025 (1TRI25), divulgados ontem (5). O desempenho foi considerado misto: enquanto as vendas e a rentabilidade superaram as expectativas, a alavancagem financeira continua elevada e é apontada como um fator de risco.

A receita bruta consolidada do GPA no 1TRI25 foi de R$ 5,1 bilhões, alta de 4,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e 2% acima das projeções do BTG. O crescimento das vendas nas lojas comparáveis (SSS) foi de 7,3%, já ajustado por efeitos de calendário. Por canal, o SSS ajustado avançou 6,5% nas lojas Pão de Açúcar, 6,6% no Extra Mercado e 7,8% nas lojas de proximidade.

De acordo com o GPA, o bom desempenho comercial foi impulsionado tanto por maior volume de vendas quanto por aumento do ticket médio. No trimestre, a companhia inaugurou 11 novas unidades, sendo 10 lojas de proximidade e um supermercado.

GPA (PCAR3): lucro bruto cresce 5,6%

No campo da rentabilidade, o lucro bruto foi de R$ 1,3 bilhão, com crescimento de 5,6% na comparação anual e margem bruta de 27,6% — resultado que também superou as expectativas do BTG. A melhora foi atribuída a negociações mais eficazes com fornecedores, estratégias de precificação mais eficientes e redução nas perdas de produtos, além da contribuição de receitas com mídia no varejo.

As despesas operacionais (SG&A) totalizaram R$ 950 milhões, representando uma queda de 10 pontos-base como percentual da receita líquida, favorecidas por maior alavancagem operacional, cortes de custos e o fim de despesas com partes relacionadas ao antigo controlador. O EBITDA ajustado (pós-IFRS 16), excluindo R$ 85 milhões em despesas de reestruturação, ficou em R$ 409 milhões — avanço de 10% frente ao 1TRI24 e 3% acima das estimativas.

Entretanto, o resultado financeiro pressionou o lucro. As despesas financeiras líquidas somaram R$ 318 milhões, acima dos R$ 298 milhões do ano anterior. Com isso, o prejuízo das operações continuadas foi de R\$ 280 milhões, frente à projeção de -R$ 248 milhões e a perda de R$ 407 milhões registrada no 1T2RI4.

O fluxo de caixa operacional após investimentos (Capex) foi negativo em R$ 620 milhões, uma melhora modesta ante os R$ 679 milhões negativos de um ano antes. A dívida líquida da companhia aumentou para R$ 2,4 bilhões, contra R$ 1,7 bilhão no 1TRI24, resultando em um índice de alavancagem de 2,8 vezes o EBITDA ajustado — ainda elevado, embora abaixo dos 3,0x do mesmo período do ano passado.

Para o BTG, apesar da melhora operacional e dos avanços na reestruturação, a estrutura de capital continua sendo um ponto de atenção, especialmente em um ambiente de juros elevados. “Ainda vemos o GPA como uma opção mais arriscada entre os varejistas de alimentos”, afirma o relatório. Por isso, o banco reiterou sua recomendação neutra para a ação.

Como foi o balanço do GPA

O GPA (PCAR3) registrou prejuízo de R$ 169 milhões na comparação com o período anterior. Quando analisadas separadamente, as operações continuadas tiveram prejuízo de R$ 93 milhões, uma redução de 77% em relação aos R$ 407 milhões do balanço precedente. Já as operações descontinuadas apresentaram perda de R$ 75 milhões, queda de 70,2%.

No mesmo período, a receita líquida do grupo avançou 3,9%, alcançando R$ 4,767 bilhões. O lucro bruto também cresceu, com alta de 5,6%, totalizando R$ 1,315 bilhão. A margem bruta ficou em 27,6%, um incremento de 0,4 ponto percentual. Outro destaque foi o EBITDA ajustado, que subiu 9,9%, chegando a R$ 409 milhões, com margem de 8,6%.