O GPA (PCAR3) registrou uma melhora em seu resultado líquido consolidado, embora continue operando no vermelho. O prejuízo atribuído aos controladores caiu 74,4%, passando de R$ 660 milhões para R$ 169 milhões na comparação com o período anterior. Quando analisadas separadamente, as operações continuadas tiveram prejuízo de R$ 93 milhões, uma redução de 77% em relação aos R$ 407 milhões do balanço precedente. Já as operações descontinuadas apresentaram perda de R$ 75 milhões, queda de 70,2%.
No mesmo período, a receita líquida do grupo avançou 3,9%, alcançando R$ 4,767 bilhões. O lucro bruto também cresceu, com alta de 5,6%, totalizando R$ 1,315 bilhão. A margem bruta ficou em 27,6%, um incremento de 0,4 ponto percentual. Outro destaque foi o EBITDA ajustado, que subiu 9,9%, chegando a R$ 409 milhões, com margem de 8,6%.
A redução em despesas operacionais contribuiu para o desempenho menos negativo. O item Outras Despesas e Receitas recuou 58,5%, enquanto as despesas com vendas, gerais e administrativas aumentaram apenas 3,3%, abaixo do crescimento da receita. Esses números indicam maior eficiência operacional, ainda que desafios persistam.

GPA (PCAR3): margem líquida das operações continua negativa
A margem líquida das operações continuadas permaneceu negativa, em -2,0%, refletindo as dificuldades do grupo em converter receita em lucro. As operações descontinuadas, que incluem negócios em processo de venda, como o Assaí, seguem impactando os resultados consolidados.
A estratégia do PCAR3 tem priorizado o varejo alimentar premium e a digitalização, com foco no Pão de Açúcar. Apesar dos avanços, a trajetória de retomada da lucratividade ainda depende de ganhos de escala e de um controle mais rigoroso de custos. Os próximos balanços devem mostrar se as medidas adotadas serão suficientes para reverter o cenário atual.