A Braskem (BRKM5) pode ser estatizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para salvar a Novonor (ex-Odebrecht), que é uma companhia multisetorial com negócios, inclusive, no exterior.
Vale lembrar que a ex-Odebrecht foi um dos principais alvos da Operação Lava Jato, cujos indiciamentos geraram divisão familiar, desestruturação organizacional e desemprego, visto que a empresa tinha operações em andamento tanto em construção quanto no setor de óleo e gás.
A Braskem, por sua vez, é uma sociedade detida pela Novonor, bem como pela Petrobras (PETR3; PETR4). A primeira tem 36% e a segunda tem 38% do capital societário.
Em razão da desestruturação de seus negócios, devido à operação policial, a Novonor, agora em processo de reestruturação, tenta se desfazer de alguns ativos para colocar a casa em ordem. Por conta disto, está há anos à procura de um interessado na aquisição da Braskem.
Braskem (BRKM5): ofertas não vinculantes
Nos últimos dias a Braskem recebeu duas ofertas não vinculantes, sendo a primeira por parte do fundo Apollo, em parceria com a Adnoc, que é uma empresa árabe de exploração em óleo e gás.
Já a segunda ocorreu no último fim de semana, quando a Unipar protocolou sua oferta pela petroquímica à Braskem.
Caso a proposta da Unipar seja aceita, seria o mesmo que a segunda maior petroquímica do país adquirir a primeira, o que possivelmente seria questionado pelo Cade como monopólio. Para evitar tal questão, uma hipótese levantada é que a Petrobras poderia ficar com parte dos ativos da Braskem que pertencem à Novonor.
Na prática, isso significaria que a estatal voltaria a controlar negócios no setor petroquímico após mais de uma década.
Conforme o portal Poder 360, essa solução de desmembrar a Braskem está sendo amplamente discutida dentro do Governo e teria já a adesão do presidente Lula.
Bolsa
A Braskem se posiciona como uma empresa petroquímica de atuação global, com o propósito de criar soluções sustentáveis da química e do plástico.
Por volta das 14h07 a ação BRKM5 subia 3,14%, cotada em R$ 27,58.
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