O balanço da Gol (GOLL54) revelou que a companhia aérea reverteu o prejuízo líquido de R$ 820 milhões no terceiro trimestre do ano passado para lucro líquido de R$ 247,8 milhões no 3TRI25.
No período de nove meses findo em setembro deste ano, a companhia aérea registrou lucro líquido de R$ 92,3 milhões, também revertendo o prejuízo de R$ 951 milhões do mesmo período de 2024.
A receita líquida total da companhia no terceiro trimestre foi de R$ 5,536 bilhões ante R$ 4,959 bilhões do mesmo período do ano passado. No acumulado de nove meses, até setembro, deste ano, o resultado foi de R$ 16 bilhões contra R$ 13,6 bilhões de igual período do ano passado.
Balanço da Gol: empresa reduz dívida
A empresa encerrou o terceiro trimestre do ano com melhora operacional e financeira, marcada por aumento na taxa de ocupação, crescimento nas subsidiárias e redução expressiva da dívida. A taxa de ocupação (load factor) alcançou 84,1% no período, um avanço de 0,9 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já a receita por assento-quilômetro disponível (Rask) cresceu 2,5% na comparação anual, refletindo maior eficiência na operação e ajustes tarifários.
A dívida total da companhia somou R$ 19,7 bilhões, queda de 21,6% frente ao valor registrado um ano antes. A alavancagem financeira, medida pela relação entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda dos últimos 12 meses, recuou para 3,2 vezes, após encerrar o segundo trimestre em 3,7 vezes. O indicador aponta para um movimento consistente de desalavancagem e maior equilíbrio nas contas.
As subsidiárias da Gol também apresentaram desempenho positivo. A Smiles, programa de fidelidade da companhia, registrou crescimento de 10,4% no número de resgates em relação ao mesmo trimestre de 2024. Já a Gollog, unidade de transporte de cargas, teve alta de 17,6% no volume transportado, impulsionada pela incorporação do primeiro cargueiro com marca própria da empresa.
O período ainda foi marcado por avanços no processo de reorganização societária. Na última semana, a Gol anunciou a aprovação da incorporação da própria companhia aérea e da Gol Investment Brasil S.A. (GIB) pela Gol Linhas Aéreas S.A. (GLA). O movimento faz parte da reestruturação iniciada em outubro e visa simplificar a estrutura corporativa em preparação para uma possível saída da Bolsa de Valores.
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