O Atlético-MG decidiu acolher orientação do BTG (BPAC11) e comunicou que pretende se juntar à Liga do Futebol Brasileiro (Libra).
Isso porque o banco de investimentos é um dos credores do clube de Belo Horizonte e, nesta posição, poderia inviabilizar o Galo na Sociedade Anônima do Futebol (SAF).
Vale lembrar que a SAF permite que os clubes de futebol se transformem em empresas e, com isso, fica mais fácil a entrada de investimentos e investidores.
O clube mineiro tem por conselheiro o empresário Rubens Menin, dono da MRV (MRVE3), bem como do Banco Inter (INBR32), da CNN Brasil e da Rádio Itatiaia.
É pela mão de Menin que o clube está prestes a estrear seu novo estádio, a Arena MRV, nos arredores da capital dos mineiros.
Seu maior rival, o Cruzeiro, já se beneficia de alguns pontos que a SAF permite, tendo, inclusive, o ex-jogador Ronaldo Fenômeno como uma espécie de manager. Na prática, ele comprou o clube em meados de 2021 por R$ 400 milhões. Pela referida sociedade anônima, este dinheiro deve ser reinvestido.
Desde então vem ajustando a parte administrativa e financeira ao seu gosto, mas não sem conflito com dirigentes e torcida.
Atlético-MG atende BTG (BPAC11)
No caso do Atlético-MG, o clube tinha a preferência pela Liga Forte Futebol (LFF), mas, sob pressão do banco de investimentos, trocou de bloco.
A diferença entre uma e outra é pontual: a LFF quer um equilíbrio mais imediato nas cotas de televisão, enquanto a Libra propõe uma evolução gradativa, embora já com um início menos discrepante do que o atual.
A primeira tem sob seu guarda-chuva 25 clubes de futebol. Eram 26, mas o Galo foi cantar em outro paço. Já a segunda tem menos de vinte clubes no rol.
Os clubes da Libra são:
- Bahia;
- Botafogo
- Corinthians;
- Cruzeiro;
- Flamengo;
- Grêmio;
- Guarani;
- Ituano;
- Mirassol;
- Novorizontino;
- Palmeiras;
- Ponte Preta;
- Red Bull Bragantino;
- Sampaio Corrêa;
- Santos;
- São Paulo;
- Vasco;
- Vitória.
A Libra apresenta seu modelo para o Campeonato Brasileiro com base em seis conceitos principais. São eles:
- Construção de um modelo de competição e organização entre os clubes sob um ponto de vista técnico e mercadológico;
- Diminuição do gap financeiro entre os clubes no cenário nacional, bem como das equipes brasileiras em relação aos adversários internacionais;
- Regra de transição elaborada para que os clubes não percam receita em relação ao modelo atual;
- Subsídio para a Série B acima do praticado nas principais ligas internacionais, como forma de aumentar a competitividade no âmbito interno;
- Mensuração da audiência com o objetivo de estimular os clubes a buscarem cada vez mais engajamento de seus torcedores;
- Aporte financeiro inicial como forma de financiar a entrada dos clubes em uma nova era do futebol brasileiro;
Clube empresa
A importância da SAF para o esporte brasileiro está no fato de que um clube-empresa é um ativo, assim como uma empresa convencional, e pode ser comprado e vendido livremente. Um empresário que detenha 90% de uma SAF pode revender qualquer percentual sob sua propriedade, inclusive tudo, de acordo com seus interesses comerciais.
Na prática, esse modelo de negócio tem potencial para elevar o padrão das competições brasileiras ao nível das europeias. Dentro de campo, o Brasil é igual ou melhor do que os grandes times do velho continente. Entretanto, é fora de campo que uma estrutura bem-montada pode fazer toda a diferença, com estádios e organizações proporcionando verdadeiros espetáculos aos brasileiros.
Bolsa
Por volta das 16h18 a ação BPAC11 recuava 0,66%, cotada em R$ 31,39.

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