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Americanas (AMER3) tem pedido de recuperação deferido

Americanas (AMER3) tem pedido de recuperação deferido

A Americanas (AMER3) tem seu pedido de recuperação judicial deferido pela 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro. A empresa possui um passivo de R$ 43 bilhões e tem 16,3 mil credores.

O juiz Paulo Assed, da 4ª Vara Empresarial, ao acatar o pedido nomeou como administradores judiciais a Preserva-Ação Administração Judicial e o escritório de advocacia Zveiter. Agora em diante, a rede varejista ganhou um prazo de 180 dias do qual ficará resguardada da cobrança de qualquer dívida. Em contrapartida, terá 60 dias para apresentar um plano de reestruturação econômica que deverá ser aprovada por uma assembleia de credores.

A empresa entrou com pedido de recuperação judicial nesta quinta-feira (19), argumentando que o processo visa manter a normalidade das operações, manutenção dos empregos, pagamento de impostos e a boa relação com seus fornecedores e credores e investidores de forma geral.

“Para tanto, o grupo de acionistas de referência da empresa informou ao Presidente do Conselho de Administração que pretendem manter a liquidez da companhia em patamares que permitam o bom funcionamento da operação de todas as lojas, do seu canal digital, Americanas.com, da AME e suas coligadas”, informou a empresa em nota divulgada à Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Americanas (AMER3): ação da companhia deixa de ser negociada na B3 (B3SA3)

Mais cedo, com a oficialização da recuperação judicial, a Americanas (AMER3) foi excluída das negociações do Ibovespa e de todos os demais índices dos quais faz parte. A informação foi divulgada pela própria B3 (B3SA3) por conta do pedido de recuperação judicial.

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Com isso, a empresa fica fora não só do Ibovespa, como também do IGCX, ICO2, ICON, IBXX, IGCT, IGNM, IBRA, IVBX, ISEE, ITAG, SMLL, IBXL e GPTW. A exclusão se dará após o fechamento do pregão desta sexta-feira (20) e sua participação será redistribuída proporcionalmente aos demais integrantes da carteira com o pertinente ajuste nos redutores dos índices.

Cronologia da crise da Americanas (AMER3)

Entenda melhor a sequência de episódios que levaram a Americanas a chegar até o pedido de recuperação judicial:

  • 11 de janeiro: após fim do pregão, companhia divulga fato relevante informando ter detectado inconsistências de R$ 20 bilhões e renúncia do então CEO, Sérgio Rial;
  • 12 de janeiro: em um primeiro momento, credores concordaram em rolar dívida; em primeiro pregão após fato do dia 11, ação tem queda de 76%; e grupo de investidores estuda medida para proteger acionistas minoritários;
  • 13 de janeiro: CVM abre processos para investigar inconsistências; auditoria da PwC é supostamente colocada sob dúvida; empresa reconhece dívida de R$ 40 bilhões e recuperação judicial começa a ser considerada; empresa entra com tutela de urgência para impedir vencimento antecipado de dívidas;
  • 16 de janeiro: BTG vai à justiça para bloquear R$ 1,2 bi da Americanas (AMER3); João Duarte Guerra é nomeado novo CEO;
  • 17 de janeiro: juros remuneratórios de debêntures não são pagos a investidores; empresa contrata CFO Camille Faria, especialista em atuar em recuperação judicial; empresa sofre rebaixamento de ratings;
  • 18 de janeiro: CVM estuda punição individual a envolvidos;
  • 19 de janeiro: Bradesco (BBDC4) e Itaú-Unibanco (ITUB4) pedem que companhia precise de autorização judicial para realizar saques; Americanas (AMER3) entra com pedido oficial de recuperação judicial reconhecendo dívidas de R$ 40 bilhões.

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