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Americanas (AMER3) apresenta nova proposta a credores

Americanas (AMER3) apresenta nova proposta a credores

A Americanas (AMER3) informou que realizou nova reunião com seus credores nesta terça-feira (10) em que apresentou um “aperfeiçoamento da proposta” para quitação de suas dívidas, estimadas em mais de R$ 40 bilhões.

A proposta apresentada na reunião, segundo a empresa construída com assessoria do Rothschild & Co, tem os seguintes itens: 

  • aumento de capital de curto prazo por meio dos acionistas de referência, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira, em dinheiro, no valor de R$ 12 bilhões, considerando o financiamento DIP de R$ 2 bilhões, do qual já foram aportados R$ 1,5 bilhão;
  • capitalização de dívida concursal por parte dos credores também no valor de R$ 12 bilhões;
  • emissão de nova dívida para refinanciar parte das dívidas concursais existentes no valor de R$1,875 bilhão
  • R$ 8,7 bilhões em dinheiro dedicados à recompra antecipada de dívida concursal com desconto.

A empresa informou que “A proposta continua ainda a contar com a previsão de pagamento integral das Classes I e IV e alternativas de pagamento diferenciadas para nossos fornecedores, substancialmente nos termos publicados na versão do Plano de Recuperação Judicial”, protocolado em março junto à Justiça.

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“A Companhia segue empenhada nas negociações destes termos com seus credores financeiros, em busca de uma solução sustentada que permita a continuidade de suas atividades”, concluiu a Americanas (AMER3) em fato relevante.

Americanas (AMER3): entenda o caso

A crise na Americanas (AMER3) explodiu no começo do ano, quando a empresa revelou fraudes no patamar de cerca de R$ 20 bilhões em dívidas não lançadas em seus balanços. O anúncio foi feito pelo então CEO, Sérgio Rial, que havia assumido o cargo 11 dias antes e renunciou em seguida. 

Em fevereiro, a empresa teve um financiamento DIP aprovado pela Justiça, que fez com que os acionistas de referência injetassem cerca de R$ 1 bilhão no caixa. Em março, a Americanas apresentou seu pedido de recuperação judicial, que ainda não foi aceito pelos credores.

Nos últimos meses, a companhia entrou em disputas judiciais com o Bradesco (BBDC4) a respeito de fianças, já resolvidas, e acusou o ex-CEO Miguel Gutierrez e os executivos que ocuparam cargos na diretoria até o fim de 2022 como responsáveis pelas fraudes nos balanços.

Gutierrez, por sua vez, acusou os acionistas de referência de já terem conhecimento do assunto desde o ano passado, em depoimento à CPI da Câmara dos Deputados que investigou a crise na Americanas (AMER3) e terminou sem nenhuma acusação formal.