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Ambev (ABEV3): por que analistas estão pessimistas com a ação?

Ambev (ABEV3): por que analistas estão pessimistas com a ação?

Analistas do mercado financeiro esperam que os resultados do primeiro trimestre de 2024 (1TRI24) da Ambev ($ABEV3) venham abaixo das expectativas. Os números, que serão divulgados em 8 de maio, devem confirmar a tendência pessimista do mercado desde o início deste ano, em que as ações recuam mais de 12%.

Um relatório do banco Safra aponta que a Ambev deve enfrentar uma série de notícias negativas nos próximos meses. Isso porque a mudança na legislação sobre Juros sobre Capital Próprio (JCP) deve levar a uma redução significativa (projetada em 50%) nos pagamentos de proventos e, consequentemente, na proteção fiscal que proporciona.

O banco tem recomendação de venda para a empresa, com preço-alvo de R$ 13. Desde o rebaixamento, em 19 de dezembro, os papéis já recuaram 13%, com “uma parte significativa das questões que embasaram nossa recomendação” se materializando, disseram os analistas Ricardo Boiati e Rafael Une.

Ações da Ambev em 2024: gráfico mostra queda de 12,18%

Ambev (ABEV3): crescimento deve ser impactado

O Bank of America (BofA) traz uma visão um pouco mais otimista da companhia e considera a possibilidade de crescimento dos números, ainda que sem a região da América do Sul (LAS, operações em países como Argentina, Bolívia, Paraguai, Uruguai e Chile).

O BofA projeta resultados sólidos no 1TRI24, com foco em fortes volumes de cerveja no Brasil e relação entre preço e mix resiliente. Ainda assim, a análise considera a possibilidade de queda de 15% no lucro líquido em relação ao ano anterior e atribui o recuo a questões tributárias, pela mudança de regulamentação do pagamento de JCP.

O Bank of America antecipa um desempenho robusto para o 1TRI24, com foco em um forte volume nas vendas de cerveja no mercado brasileiro e por uma combinação resiliente de preço e mix de produtos. Contudo, sua análise contempla a possibilidade de uma redução de 15% no lucro líquido em comparação ao ano anterior, atribuída principalmente a questões tributárias pela mudança na regulamentação do pagamento de JCP.

A instituição tem recomendação de compra para a ação, uma vez que acredita no impulso de lucros ao longo de 2024, impulsionado por um ambiente de consumo sólido no país e pela boa execução da linha Premium.

Os analistas do Safra, apesar de reconhecerem o impacto que a redução no pagamento de JCP deve causar, recordam que o impacto potencial das mudanças nos subsídios fiscais estaduais é mais incerto, uma vez que as empresas estão optando por recorrer aos tribunais.

O Itaú BBA avalia que o desempenho atual das ações reflete revisões pessimistas nas projeções de receita e volume, especialmente em Cerveja Brasil e na região da América do Sul.