A Ambev (ABEV3) registrou um lucro líquido ajustado de R$ 4,66 bilhões no quarto trimestre de 2023 (4TRI23). Este valor representa uma queda de 11,9% em relação ao mesmo período do ano anterior, que registrou um lucro de R$ 5,29 bilhões.
A empresa atribuiu a diminuição principalmente à depreciação cambial na Argentina e ao ajuste nas provisões de dedutibilidade fiscal do Juro sobre o Próprio Capital (JCP).
Apesar da queda trimestral, o lucro líquido ajustado da companhia para o ano completo de 2023 alcançou R$ 15,22 bilhões, um aumento modesto de 0,4% em comparação aos R$ 15,16 bilhões de 2022.
A receita líquida no 4TRI23 foi de R$ 19,98 bilhões, também sofrendo uma redução de 11,9% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, que teve R$ 22,69 bilhões. No entanto, a receita anual manteve-se praticamente estável, com R$ 79,73 bilhões em 2023 contra R$ 79,70 bilhões em 2022.
O EBITDA ajustado do 4TRI23 mostrou uma ligeira melhoria, subindo 0,6% para R$ 7,15 bilhões, comparado aos R$ 7,10 bilhões do 4TRI22. Para o ano inteiro, o EBITDA ajustado da Ambev apresentou um crescimento mais significativo de 7,1%, totalizando R$ 25,45 bilhões.
Segundo a Ambev, o desempenho positivo do EBITDA ajustado no último trimestre foi impulsionado por ganhos expressivos em várias regiões:
- América Latina Sul (LAS) com um aumento de 107,5%,
- América Central e Caribe (CAC) com 29,2%,
- Cerveja Brasil com 27,3% e
- Não Alcoólicos Brasil (NAB Brasil) com 15,3%.
Esses avanços foram parcialmente neutralizados por uma leve retração de 1,5% no Canadá. Excluindo os resultados da Argentina, o EBITDA ajustado teria crescido 19,9%. A margem bruta da empresa expandiu 280 pontos-base, enquanto a margem EBITDA ajustado teve um aumento de 470 pontos-base.
Veja abaixo os principais dados do balanço do 4TRI23 da Ambev:
Ambev registra crescimento modesto em 2023 apesar de desafios
Em nota, a Ambev relata que a empresa teve um avanço na implementação de sua estratégia de negócios e uma leve alta no lucro líquido ajustado anual.
Segundo a empresa, o Brasil teve papel central nesse resultado, com a execução de sua estratégia comercial. A região da América Central e Caribe (CAC) também teve destaque, com a República Dominicana alcançando um ano recorde.
O Canadá, apesar de um cenário industrial difícil, apresentou crescimento no EBITDA Ajustado. A performance na América Latina Sul (LAS) foi afetada pela desvalorização cambial na Argentina, mas a empresa relatou um aumento no fluxo de caixa em dólares em comparação a 2022.
No setor digital, a plataforma BEES expandiu sua presença para 8 dos 10 principais mercados da Ambev, com o Valor Bruto de Mercadorias (GMV) crescendo mais de 44% em relação ao ano anterior. O Zé Delivery, focado no consumidor final, aumentou sua base de Usuários Ativos Mensais (MAU) para 5,7 milhões, um crescimento de 19% em relação ao ano anterior. O serviço Ta Da está agora em 6 mercados.
A empresa também mencionou melhorias na alavancagem operacional, com expansão das margens brutas e do EBITDA Ajustado, atribuídas ao crescimento da receita líquida, condições de câmbio e commodities mais favoráveis em relação ao ano passado, além de uma gestão de custos e despesas eficiente.
A Ambev enfatizou a importância da gestão disciplinada de custos e despesas para esses resultados.
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