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Alupar entrega projetos estratégicos no 3TRI25, destaca analista da EQI Research

Alupar entrega projetos estratégicos no 3TRI25, destaca analista da EQI Research

Os resultados da Alupar no 3TRI25 refletem um período de forte execução de projetos e expansão operacional, segundo análise de João Zanott, da EQI Research

Os resultados da Alupar (ALUP11) no terceiro trimestre de 2025 refletem um período de forte execução de projetos e expansão operacional, segundo análise de João Zanott, analista da EQI Research. O especialista classifica o período como “um trimestre de entregas”, destacando que a companhia manteve a consistência de uma boa transmissora de energia, com números sólidos e em linha com o esperado pelo mercado.

A receita líquida da Alupar avançou 9,4% na comparação anual, enquanto o EBITDA cresceu 13,4% e o lucro líquido registrou salto de 20%, impulsionado principalmente pela entrada em operação de novos empreendimentos. O destaque do trimestre foi a energização da TNE, o linhão que conecta Manaus a Boa Vista, encerrando o isolamento do estado de Roraima no sistema elétrico nacional.

Zanott ressalta que o projeto da TNE é um marco para o país, não apenas pela importância estratégica, mas também pelo impacto positivo na geração de receita da companhia após o resultado favorável da arbitragem que redefiniu prazos e receitas da concessão. Além disso, a Alupar também energizou o projeto TCE, na Colômbia, com receita anual estimada em quase US$ 30 milhões, reforçando sua presença internacional.

Resultados da Alupar: reajuste tarifário compensa queda de contratos atrelados ao IGP-M

Entre os fatores que contribuíram para o crescimento da receita, o analista destaca o reajuste tarifário do ciclo 2025-2026, que elevou os contratos indexados ao IPCA em mais de 5%, compensando a queda nos contratos atrelados ao IGP-M. A expansão da base de ativos, com aquisições e entrada em operação de novos empreendimentos, também teve papel relevante no desempenho financeiro.

Zanott observa que a Alupar segue com um perfil de crescimento baseado em projetos greenfield, construídos do zero, o que considera um dos diferenciais competitivos da companhia. “A empresa consegue gerar valor na execução das obras e, depois de concluídas, obter retornos mais elevados”, explica.

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Ele também menciona o avanço da Alupar na América Latina, com novos projetos no Peru, Chile e Colômbia — incluindo um investimento recente de cerca de US$ 220 milhões em capex, com receita anual prevista de US$ 32 milhões.

No aspecto financeiro, a companhia reduziu sua alavancagem de 3,4x para 3,3x dívida líquida/EBITDA e anunciou o pagamento de dividendo trimestral de R$ 0,30 por unit, equivalente a um dividend yield próximo de 1% no trimestre. Segundo o analista, mesmo durante o ciclo intenso de investimentos, a Alupar consegue equilibrar o pagamento de dividendos com a execução de grandes obras, reforçando sua disciplina financeira.

Entre os pontos de atenção, Zanott cita o impacto do curtailment — redução da geração em alguns parques eólicos e solares — que segue em níveis elevados, chegando a 40% em determinados ativos. Contudo, o analista avalia que o efeito é limitado, já que o segmento de geração representa cerca de 20% da receita total e é fortemente sustentado por usinas hídricas, menos afetadas por esse problema.

Para o analista da EQI Research, o desempenho confirma a tese de investimento na Alupar como uma empresa sólida, focada na execução e na geração de valor por meio de projetos estruturantes.

“A companhia entrega o que promete, mantém crescimento consistente e deve colher resultados ainda mais expressivos à medida que seus novos empreendimentos entrem em operação nos próximos anos”, conclui Zanott.

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Resultados da Alupar mostram avanço sólido

A Alupar apresentou crescimento consistente em seus resultados do terceiro trimestre de 2025 (3TRI25), impulsionada pelo desempenho robusto do segmento de transmissão de energia — tradicional motor de previsibilidade e estabilidade no caixa da companhia. O lucro líquido regulatório atingiu R$ 219,8 milhões, um avanço de 20,2% em relação ao mesmo período de 2024.

O Ebitda regulatório soma R$ 743,6 milhões, crescimento de 13,4% na comparação anual, com margem de 82,8%. O indicador reflete eficiência operacional e resiliência no portfólio de contratos de longo prazo, fatores que seguem sustentando a geração de caixa da companhia mesmo em um ambiente de custos elevados.

A receita líquida regulatória alcança R$ 897,7 milhões, alta de 9,4% ante o 3T24. O resultado financeiro líquido, no entanto, é negativo em R$ 212,4 milhões, refletindo o impacto da estrutura de capital e do custo da dívida no trimestre.

A dívida líquida da Alupar encerra setembro em R$ 9,21 bilhões, alta de 5,1% na base anual. Ainda assim, o indicador de alavancagem dívida líquida/Ebitda ajustado recua ligeiramente para 3,3 vezes, ante 3,4 vezes um ano antes — movimento que reforça o compromisso da companhia com uma estrutura financeira equilibrada.