Invista no seu carro com inteligência
Compartilhar no LinkedinCompartilhar no FacebookCompartilhar no TelegramCompartilhar no TwitterCompartilhar no WhatsApp
Compartilhar
Home
Educação Financeira
Notícias
Décimo terceiro salário: segunda parcela cai amanhã; saiba o que fazer com ele

Décimo terceiro salário: segunda parcela cai amanhã; saiba o que fazer com ele

Com o final do ano, a expectativa de boa parte dos trabalhadores é receber o décimo terceiro salário. Este recurso adicional é pago entre novembro e dezembro, justamente em uma época de maiores gastos com Natal e Ano Novo. 

Mas antes de sair por aí gastando o seu dinheiro, o ideal é usá-lo para se planejar para o início de 2023 e ainda investi-lo de forma consciente. 

O que é o décimo terceiro salário?

O décimo terceiro salário é um benefício trabalhista criado em 1962 pela lei 4.090, que era conhecido como “Gratificação de Natal” por ser pago no final do ano para ajudar os trabalhadores a comprarem presentes de Natal. 

O trabalhador pode receber o décimo terceiro salário de duas formas: uma parcela única ou dividido em duas parcelas iguais, sendo que este caso é o mais comum. 

A primeira parcela é paga entre os dias 1º de fevereiro e 30 de novembro, geralmente a última data é paga pelas empresas. Ela deve ser liberada, no mínimo, 50% do valor do salário do trabalhador e a outra metade disponibilizada até 20 de dezembro. Agora, se o décimo terceiro salário for realizado em parcela única, o benefício deve ser pago até 30 de novembro. 

O valor do décimo terceiro salário corresponde ao salário integral recebido em um ano completo. Mas ele é pago apenas para quem exerceu atividade profissional remunerada, no regime de CLT. Se o trabalhador entrou na empresa durante o ano, ele recebe o valor proporcional.

Basicamente, o cálculo é feito da seguinte forma: salário bruto dividido por 12 e multiplicado pelos meses trabalhados no ano. No cálculo da remuneração, devem entrar todas as verbas de natureza salarial, como horas extras, adicional de insalubridade, periculosidade, etc.

Por exemplo, se João das Neves (personagem fictício) entrou na empresa em junho, ele terá direito a 6/12 avos do 13º salário. 

Por se tratar de um benefício trabalhista, há incidência de descontos no 13º salário, assim como acontece com a remuneração mensal. Dentre eles, destaque para o Imposto de Renda e contribuição para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Logo, o trabalhador deve fazer o cálculo proporcional aos meses trabalhados, após abater o desconto do INSS e, depois, aplicar o desconto do IR, que é realizado sobre o valor livre da contribuição previdenciária. Para quem recebe o pagamento parcelado, os descontos ocorrem apenas na segunda parcela. 

Como usar o décimo terceiro salário com responsabilidade?

As festas de final de ano são conhecidas pelos altos gastos e as pessoas aproveitam o 13º salário para comprar presentes de Natal, fazer uma ceia repleta de comida cara e viagens familiares. 

Mas antes de sair gastando o seu dinheiro suado, lembre-se que o início do ano é sempre bem complicado, visto que há uma coleção de dívidas para pagar, como as parcelas de IPTU e IPVA, material escolar, matrículas em faculdades, seguro de carro e imóveis.

Com isso, é importante ficar atento e planejar o futuro. Assim, o portal EuQueroInvestir apresenta as melhores opções para usar o 13º salário. 

1. Pagar as contas

A primeira recomendação é usar o dinheiro extra para colocar as contas em dia. Como foi destacado anteriormente, o final de ano é época em que as pessoas gastam mais, mas a prioridade é pagar o que está atrasado ou antecipar as dívidas para iniciar o ano de forma mais tranquila.

2. Iniciar ou engordar a reserva de emergência de emergência

Não há como fugir dos imprevistos da vida. Por isso, é fundamental ter uma reserva de emergência. Especialistas em educação financeira apontam que este fundo deverá ter um valor dos gastos regulares acumulados  em um período de 6 a 18 meses. 

Logo, se você não tem um fundo de emergência, pode começar agora a guardar parte do seu 13º salário. Ou melhor ainda, se você já tem uma grana de emergência, o dinheiro adicional pode ficar ainda “mais gordo” e ter uma “gordurinha adicional”.

Onde investir o fundo de emergência?

Como o próprio nome diz, o fundo de emergência deve ser utilizado em uma situação em que é preciso resgatar os recursos o mais rápido possível. Por isso, é importante aplicar este fundo em uma opção que ofereça liquidez diária e ela não pode ser a poupança.

A poupança, embora tenha liquidez praticamente instantânea, tem uma rentabilidade muito baixa. Consequentemente, ela consegue superar a pressão inflacionária.

Além disso, não faça o fundo de emergência com renda variável. Esta opção de investimentos deve ser pensada a longo prazo. Sem contar que a volatilidade desses papéis a curto prazo pode fazer você perder dinheiro, além de ter opções em que a liquidez do ativo pode levar dias ou semanas para ser liberado. 

Dessa forma, as melhores opções para aplicar o dinheiro do fundo de emergência é no Tesouro Direto Selic, em um CDB (Certificado de Depósito Bancário) com liquidez diária ou em Fundos DI (Depósitos Interbancários). De qualquer forma, você pode saber tudo sobre a reserva de emergência com este guia completo

Tesouro Selic

O Tesouro Selic é um título público, emitido pelo governo federal. A rentabilidade dele é baseada no valor da taxa Selic vigente. Atualmente, a taxa está em 13,75% ao ano, que é o patamar mais alto dos últimos seis anos. 

Por ser um título pós-fixado, o Tesouro Selic é uma excelente opção para quem está construindo uma reserva de emergência e pode usar parte do 13º salário nele. 

Logo, ainda que este título tenha um vencimento longo, em média cinco anos, com a liquidez diária, o capital pode ser resgatado a qualquer momento e até mesmo antes do vencimento. 

CDB

Uma outra opção para investir o 13º salário para construir um fundo de emergência é com o CDB. Este título é uma espécie de empréstimo para instituições financeiras. No mercado, há três tipos de CDBs disponíveis no mercado: pré-fixados, pós-fixados e híbridos. 

Um CDB prefixado é aquele que apresenta a sua taxa de remuneração. Isso quer dizer que no ato do investimento já se sabe qual será o rendimento ao longo do tempo. Logo, é possível saber o valor que será resgatado no futuro. A forma de apresentação desse título normalmente diz qual será a taxa de remuneração.

Já um CDB pós-fixado indica que a remuneração total será conhecida somente após o resgate ou fim do prazo do título. Apesar dessa característica, isso não deve trazer preocupação ao investidor, visto que a remuneração é fixa e será sempre positiva. Além disso, há um mecanismo que garante a valorização do papel.

Esse mecanismo de valorização utilizado em CDBs pós-fixados chama-se indexação. Logo, dizemos que um CDB pós-fixado é indexado a algum índice de referência.

Já o híbrido reúne as características dos dois títulos, sendo que uma parte remunera como pós e outra como pré.

Para o fundo de emergência usando o 13º salário, o investidor deve ficar atento, pois grande parte destes títulos não é possível resgatar o dinheiro antes do prazo estipulado. Em consequência disso, é preciso escolher uma opção que tenha liquidez diária para que pessoa consiga resgatar o dinheiro antes do prazo. 

Fundos DI

Os Fundos DI, ou Fundos de Renda Fixa Referenciados DI, são fundos que devem investir, no mínimo, 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à Selic. Eles são bem conhecidos pelos brasileiros por serem uma modalidade de investimento mais simples e possuem uma liquidez diária, em muitos casos conseguem até ser quase instantâneas.

A rentabilidade dos Fundos DI é levemente inferior à taxa básica de juros, visto que esses fundos possuem o desconto da taxa de administração. 

As principais vantagens dos fundos DI são a liquidez e o baixo risco, uma vez que ele é formado por títulos públicos. Por outro lado, a taxa de administração e o sistema de “come-cotas” podem comprometer a rentabilidade do investimento.

Ademais, esses fundos não possuem a cobertura do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que garante até R$ 250 mil por CPF caso a instituição financeira venha a falir. Dessa forma, são menos seguros do que outras aplicações de renda fixa, como os CDBs e os títulos do tesouro.

Investir

Se você já tem sua reserva de emergência feita e as contas em dia, que tal usar o décimo terceiro para investir? Baixe aqui um e-book exclusivo com as melhores opções de investimentos.

  • Quer uma ajuda para fazer o seu décimo terceiro salário render mais neste final de ano? Então, preencha este formulário para um assessor da EQI Investimento entrar em contato.