A Suzano (SUZB3) registrou um lucro de R$ 2,313 bilhões no quarto trimestre de 2021. O valor é 61% menos do que os R$ 5,914 bilhões do 4TRI20.
No 3TRI21, a empresa havia registrado prejuízo de R$ 959 milhões.
No acumulado de 2021 o lucro foi de R$ 8,636 bilhões contra prejuízo de R$ 10,7 bilhões de 2020.
Segundo a empresa, “o ano de 2021 apresentou os melhores resultados” da história da Suzano. Houve recordes no Ebitda e a alavancagem caiu para 2,4x, o menor patamar pós-fusão.
Veja aqui o balanço do 4TRI21.
Suzano (SUZB3): principais números do balanço do 4TRI21
Lucro líquido
- Lucro 4TRI21: R$ 2,313 bilhões
- Lucro 4TRI20: R$ 959 milhões
Ebitda ajustado
- Ebitda 4TRI21: R$ 6,355 bilhões
- Ebitda 4TRI20: R$ 3,965 bilhões
Receita líquida
- Receita 4TRI21: R$ 11,470 bilhões
- Receita 4TRI20: R$ 8,013 bilhões
Ebitda sobe 60% e tem resultado recorde
O Ebitda ajustado da Suzano (SUZB3) teve alta de 60% no comparativo anual. Assim, saltou de R$ 3,965 bilhões para R$ 6,355 bilhões.
O valor foi recorde para um trimestre e, segundo a empresa, contribuiu para o maior Ebitda anual da história da Suzano. Em 2021 o Ebitda ajustado ficou em R$ 23,471 bilhões, 57% maior do que os R$ 14,949 bilhões de 2020.
A elevação do Ebitda no trimestre se deu sobretudo por conta do maior preço médio líquido da celulose em dólar (+38%), valorização do dólar médio vs. o real (+3%) e maior volume vendido, parcialmente compensados sobretudo pelo aumento do CPV base caixa por tonelada.
A margem Ebitda ajustada cresceu de 49% para 55% entre o 4TRI20 e o 4TRI20.
Receita da Suzano (SUZB3) avança 43% no trimestre
Já a receita líquida da Suzano (SUZB3) avançou 43% no comparativo entre o 4TRI21 e o 4TRI20. O indicador subiu de R$ 8,013 bilhões para R$ 11,470 bilhões no 4TRI21. Sendo que 83% foi gerado no mercado externo.
No acumulado de 2021 a receita da companhia ficou em R$ 40,96 bilhões. Ou seja, alta de 34% sobre os R$ 30,46 bilhões de 2020.
Dívida de R$ 80 bilhões e Capex de R$ 2,2 bilhões
Em 31 de dezembro de 2021, o total da dívida bruta da Suzano era de R$ 79,6 bilhões, sendo 95% dos vencimentos concentrados no longo prazo e 5% no curto prazo. A dívida em moeda estrangeira representava, no final do trimestre, 83% da dívida total da companhia. Já o percentual da dívida bruta em moeda estrangeira considerando o efeito do hedge de dívida ficou em 97%. O aumento da dívida bruta em comparação ao 3T21 foi de 3%, ou R$ 2,5 bilhões, em função sobretudo da desvalorização do real frente ao dólar.
No 4T21, os investimentos de capital (em regime caixa) totalizaram R$ 2.220 bilhões, 45% e 89% superior ao 3T21 e 4T20, respectivamente, sobretudo em função de maiores gastos com manutenção (principalmente com maiores investimentos em manutenção florestal e maior concentração de projetos industriais em função das paradas gerais previstas para o início de 2022), maior investimento relacionado ao Projeto Cerrado e maiores gastos com projetos de modernização.
Para 2022, a Administração aprovou um Orçamento de Capital de R$ 13,6 bilhões, sendo R$ 5,0 bilhões destinados à manutenção industrial e florestal e R$ 7,3 bilhões de investimentos no Projeto Cerrado, dentre outros.