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E, onde fica o mercado de ações no meio disso tudo?

E, onde fica o mercado de ações no meio disso tudo?

Olá, Investidor Inteligente!

É inegável que a nossa bolsa de valores vem decepcionando neste ano. Observe o gráfico abaixo:

Gráfico do Ibovespa em 2024 - Índice acumula perdas de 6,79%
Fonte: Google Finance

No início do ano, as apostas eram de que o Ibovespa poderia chegar a 140, 150, 160 mil pontos no final de 2024. Hoje, nem os mais otimistas acreditam nisso. No ano, o Ibovespa caiu 6,79% e vem perdendo feio para a Renda Fixa (até aqui, o CDI rendeu aproximadamente 5%).

Antes de prosseguir, vamos nos lembrar do seguinte: no início de 2023, logo após as eleições presidenciais, o novo governo instaurado gerou grande apreensão ao mercado, ao defender pautas como o fim da autonomia do Banco Central (BC), a mudança das metas de inflação, ao passar a PEC da Transição (ou da Gastança, como ficou conhecida), entre outras “receitas para o fracasso”. Além disso, o mercado de crédito chacoalhou significativamente com o default das Americanas ($AMER3). Naquele momento, nem os mais otimistas apostariam que a bolsa seria o melhor investimento do ano.

E foi! O Ibovespa fechou 2023 com ganhos de 22,28%! Veja abaixo o rendimento das várias classes de ativos durante o ano de 2023 e anteriores:

Rendimento nos últimos 13 anos

Rendimento nos últimos 13 anos
Fonte: EQI Investimentos

No mercado financeiro é comum acontecer o que foi descrito no parágrafo anterior: os resultados do ano serem o oposto do imaginado em seu início. Em resumo, o sentimento de hoje pode mudar rapidamente até o final do ano; portanto, não joguemos a Renda Variável no lixo, pois ela pode surpreender.

Qual é o cenário atual para o nosso mercado de ações?

Existem dois pontos a considerarmos:

  • a política de juros, que afeta praticamente todos os tipos de investimento, incluindo as ações;
  • o resultado das empresas.

O principal gatilho de valorização da classe “ações” é, sem dúvida, a queda dos juros. Com juros mais baixos, os fluxos futuros de recebimentos de dividendos passam a valer mais, pelo método mundialmente conhecido como “Fluxo de Caixa Descontado”. Em outras palavras, a queda dos juros faz a maioria dos investimentos valerem mais, automaticamente, por pura matemática financeira.

Infelizmente, esse gatilho não está mais tão claro no Brasil hoje. Como você já deve saber, o Comitê de Política Monetária (Copom) interrompeu a queda da Selic em junho, e manteve-a em 10,5% ao ano, mesmo patamar da reunião anterior. Com isso, os analistas passaram a projetar uma Selic terminal em 10,5% em 2024, e alguns ainda projetam queda para 9,75% no final de 2025. Não é mais pelo vetor de queda dos juros que uma valorização do mercado de ações pode ser esperada atualmente.

Contudo, nesse ponto há uma esperança: o início da queda dos juros nos EUA. Como também é sabido, os juros americanos servem de piso para todas as outras taxas de juros no mundo; quando eles são reduzidos por lá, o resto do mundo ganha espaço para também os reduzir. É um efeito cascata, que pode atingir positivamente o Brasil. Nos atuais cálculos de probabilidade, a queda está estimada para ter o seu início em setembro desse ano.

Vamos agora ao segundo ponto que, atualmente, traz mais otimismo: o resultado das empresas.

Com a queda da taxa Selic de 13,75% (em seu auge) para os atuais 10,5%, já pudemos observar uma QUEDA dos custos de financiamento das empresas. Observe os gráficos abaixo:

Gráfico do Spread Médio da Selic
Fonte: BTG Pactual (BPAC11)

Os quadros acima mostram que os custos de dívida diminuíram significativamente este ano. Com uma taxa Selic média esperada de 11% em 2024 (225 pontos base menor que em 2023) e spreads cerca de 58 pontos base menores do que no ano passado, os custos médios de financiamento para empresas brasileiras premium (classificadas como AA ou AAA) caíram abaixo dos níveis de 2022-2023 e estão mais alinhados com aqueles vistos em 2017.

Curiosamente, o prazo médio da emissão também aumentou, atingindo o máximo histórico de 5,9 anos. Em outras palavras, as empresas brasileiras de alta qualidade estão pagando spreads menores por emissões de maior prazo médio.

Com isso, as estimativas dos resultados das empresas no Brasil estão em alta. Veja:

Expectativa de crescimento das empresas
Fonte: BTG

Em comparação com o ano passado, estimamos que a taxa Selic média seja 277bps menor em 2024, o que deve ajudar muito os lucros das empresas este ano. Modelamos que o lucro das empresas brasileiras domésticas listadas (ex-Petro & Vale) irá crescer 15,6% a/a em 2024 e 18,5% em 2025.

Lucros maiores podem impulsionar o valuation das empresas e, consequentemente, criar um efeito de valorização das ações nos próximos meses!

O mercado segue “leve”

Olhando o mercado como um todo, o percentual de alocação dos investidores no mercado de ações está bem abaixo da média. Observe:

Alocação anuais em ações por fundos locais
Fonte: BTG

As alocações em ações por Fundos Multimercados locais agora caíram para apenas 8,9% do total investido, após um pico de 15,2% no final de 2020, muito próximo do menor nível já registrado (8,5%) no final de 2016, quando o Brasil teve a sua pior recessão econômica em mais de um século. Na tabela da direita, podemos ver que a alocação dos estrangeiros na bolsa brasileira também está abaixo daquele ano.

Por fim, outro ponto interessante a anotar, é que a nossa Bolsa “vive” o mesmo patamar de janeiro de 2023 (quando enfrentamos um momento de grande desconfiança). O Ibovespa possui 85 ativos, seis foram responsáveis pela alta desde janeiro de 2023.

Evolução do Ibovespa e a variação das principais ações
Fonte: BTG

É isso mesmo que você leu, caro Investidor Inteligente! A alta de aproximadamente 18% de janeiro de 2023 para cá aconteceu pela valorização de Petrobrás ($PETR4), Itaú Unibanco ($ITUB4), Banco do Brasil ($BBAS3), Embraer ($EMBR3) e BRF ($BRFS3). As altas de alguns outros papéis foram irrelevantes para o índice! E, a imensa maioria das outras ações tiveram resultados pífios (ou em queda) nesses meses.

Isso tudo nos informa o seguinte:

A nossa bolsa está DESCONTADA! Veja os múltiplos do indicador P/L (preço da ação / lucro anual por ação):

Preço por ação e lucro do Ibovespa
Fonte: BTG

A média do indicador P/L é de 10,9 anos; hoje estamos em 7,9, incríveis 27% abaixo da média!

Agora, deixa eu te ensinar duas estratégias que podem ser adequadas para o momento.  

SMART HEDGE: trata-se da compra de ações com proteção, onde eliminamos o risco de perda nominal de capital, mesmo que as ações venham a se desvalorizar.  

ACELERADORA: trata-se da compra de ações com a inclusão de um “agente potencializador da alta”; onde criamos condições para que você ganhe o dobro da alta, até um determinado limite. Exemplo: compramos ações da PRIO3, e elas subiram 10% em 1 ano; você pode ganhar 20%, o dobro!  

Logicamente, que as estratégias acima demandam maior conhecimento de você, Investidor Inteligente. Se desejares saber mais sobre o assunto, clique aqui e solicite uma conversa com a nossa mesa de renda variável, que terá o prazer de te esclarecer todos os pontos e de te mostrar todas as oportunidades desse momento desafiador.  

A bolsa estar barata não significa que a fará se valorizar, infelizmente!

Como o cenário conjuntural (de juros) não está mais muito favorável, o mercado de ações está meio “sem gatilho, sem direção”. Mas, não deixe que isso o desanime! Quantas vezes vimos esse mesmo filme no Brasil?

Muitas vezes…

E, como já aconteceu no passado, o mercado de ações pode te surpreender.

Por hoje era isso!

Um forte abraço para você e sua amada família!

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