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Custódia Remunerada: saiba como alugar seus ativos e ganhar mais

Custódia Remunerada: saiba como alugar seus ativos e ganhar mais

Já ouviu falar em aluguel de ações ou custódia remunerada?

Ainda pouco difundida entre os investidores brasileiros, a custódia remunerada é uma transação disponível no mercado financeiro, que permite que ativos que integram a carteira de um investidor de longo prazo possam ser alugados por investidores de curto prazo.

Parece algo bastante complexo, mas na prática não é e pode ser uma oportunidade para incrementar ganhos.

Continue na leitura e entenda!

Custódia remunerada: o que é o aluguel de ações?

O aluguel de ações se assemelha ao aluguel de imóvel. É como se você tivesse um imóvel desocupado. 

Você é dono dele, mas não tem planos a médio prazo de morar no local. Por esse motivo, você pretende alugar para obter rendimento extra. 

Assim, ao alugar o imóvel para terceiros, você fica impedido de utilizá-lo enquanto vigorar o contrato.

Com o aluguel de ações é a mesma lógica. Em resumo, você aluga seus ativos para alguém. Em troca, recebe uma quantia por essa cessão temporária.

No mercado financeiro, o proprietário se chama “doador”. Já quem pega emprestado a ação é conhecido por “tomador”.

Os contratos de aluguel de ação são feitos por intermédio das corretoras e registrados na Bolsa de Valores.

Custódia remunerada: por que ser tomador?

Você pode se perguntar o que faria alguém alugar ações, por exemplo, ao invés de comprá-las.

A resposta está no objetivo do investimento. Enquanto alguns investidores miram no longo prazo, e para isso fazem uma análise minuciosa do ativo e da empresa (no caso das ações), o tomador busca ganhos rápidos com as oscilações dos papéis.

Funciona assim: o tomador aluga a ação do doador, vende esta ação alugada no mercado e espera o preço cair para, depois, comprar mais barato e devolver o papel ao dono.

Ao final da operação, ele tem seu lucro, mesmo pagando o aluguel.

Desconhecida do grande público, a prática é bastante usada pelos fundos de investimento em ações, que atuam como doadores de ativos, já que precisam sempre manter um porcentual de suas carteiras em ações, mas que ficam paradas por longos períodos.

Custódia remunerada: por que doar ativos?

O aluguel de ações vale a pena para o investidor que não pretende mexer com seus papéis por um longo período. 

Melhor ainda é se ele tiver muitos ativos e conseguir alugar por uma taxa alta.

“A custódia remunerada se destina para todo investidor que tem ações em carteira com viés de longo prazo e que deseja obter rendimentos extras”, explica Ariel Neiss, Head de Produtos Estruturados.

Segundo ele, 50% do valor gerado pelo aluguel fica como corretagem pelo serviço prestado pela corretora. E o investidor recebe em conta o valor proporcional ao período de aluguel sempre que um contrato é encerrado e/ou renovado.

O preço do aluguel de ações

As regras para o aluguel de ações são todas definidas pela B3. Já o preço do aluguel é definido pela oferta e demanda de cada papel.

“O cálculo é baseado em regras da B3 e as taxas dependem de condições de mercado. Questões como volatilidade e juros altos influenciam nas taxas de aluguel, tornando-as mais atrativas”, explica Neiss.

“Dia 1 de fevereiro deste ano, por exemplo, o aluguel médio registrado na B3 para a Vale (VALE3) girava em torno de 0,67% ao ano, enquanto o de Magazine Luiza (MGLU3) estava na faixa de 19,42%”, complementa.

Veja qual é o cálculo do aluguel de ativos:

Fonte: B3
Fonte: B3

Quais os riscos do aluguel de ações?

O risco do aluguel de ações para o doador é mínimo. Já o locatário fica mais exposto a riscos:

  • Flutuação do preço da ação;
  • Liquidação financeira, caso não consiga comprar a ação de volta no mercado. Neste caso, é preciso realizar a devolução em dinheiro. 

Neiss explica que a custódia remunerada não é recomendada para clientes que tem posições alavancadas.

“Os ativos doados não servem de garantia para operações com contratos futuros de dólar, commodities ou para opções flexíveis em d-2 do vencimento da operação”, diz, referindo-se aos critérios de elegibilidade de garantias da B3.

Custódia Remunerada do BTG Pactual

Para quem deseja doar suas ações – ou seja, colocar seus papéis à disposição para serem alugados, o BTG Pactual disponibiliza o serviço de Custódia Remunerada.

Quais os ativos elegíveis à locação?

  • Ações
  • Units
  • ETFs
  • BDRs Patrocinados
  • FIP (cotas de Fundos de Investimentos em Participações)

Como faço para alugar meus ativos?

Para ativar o serviço da Custódia Remunerada, o investidor deve falar com seu assessor de investimentos e fazer o pedido.

Os ativos são colocados para locação e, assim que houver interessados, o processo acontece de maneira automática.

É importante dizer que os ativos não ficam bloqueados. Isso significa que o investidor pode decidir vender os papéis a qualquer momento.

Enquanto os ativos estiverem “alugados”, o investidor recebe todos os proventos (dividendos, bonificações e juros sobre capital próprio) em carteira. E toda a intermediação é feita pela corretora.

“Eventos corporativos como subscrições passam por tratamento especial”, esclarece Neiss.

“Os ativos a serem disponibilizados para o aluguel ou não também podem ser definidos junto a seu assessor de investimentos. O encerramento dos contratos em aberto leva três dias para devolução. E o serviço pode ser contrato e encerrado a qualquer momento”, finaliza.