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Como vender ativos no mercado secundário de renda fixa? Descubra

Como vender ativos no mercado secundário de renda fixa? Descubra

Você, investidor, sabia que é possível vender um CDB de 5 anos, antes da data de vencimento, através do mercado secundário de renda fixa

Se você ainda não sabe como funciona esse mercado, vou explicá-lo em detalhes neste artigo. 

Vamos lá!

Primeiro, é preciso saber que existem dois tipos de mercado: primário e secundário.

O que é mercado primário?

O mercado primário é onde o ativo é negociado pela primeira vez. 

Um bom exemplo são as ofertas de ações, os chamados “IPOs” (Oferta Pública Inicial): quando uma empresa lança as suas ações no mercado e o investidor compra pela primeira vez. 

“Mas, Denys, você não está falando de renda fixa”. Calma, eu já explico. 

Na renda fixa também acontece da mesma forma: quando um banco coloca um título à venda no mercado, um CDB por exemplo, e o investidor compra esse ativo, ele está participando do mercado primário, da primeira negociação do ativo. 

Ou seja: é quando o tomador do recurso, que neste caso é o banco, vende seu título para o poupador de recursos, você, investidor. 

Este é o mercado primário: quando você compra o título diretamente do emissor. 

É nesta primeira negociação que são definidas as características do investimento, como a forma de pagamento de juros, amortizações, vencimento, taxa de juros, entre outros. 

Podemos citar também como exemplos de mercado primário as subscrições, os follow ons, as Ofertas 400 e as Ofertas 476.  

O que é mercado secundário? 

Digamos que você tenha comprado o CDB de um banco, com um prazo de vencimento de 5 anos. Depois de 3 anos você decide que não quer mais esperar pelo vencimento para fazer o resgate. 

Uma vez que o banco vendeu para você este título, ele não irá recomprá-lo.

É aí que entra o mercado secundário: é através dele que você consegue vender este CDB para outro investidor interessado na compra. 

O mercado secundário une as duas pontas: a de quem quer vender com a de quem quer comprar. 

Infográfico com funcionamento do mercado secundário da EQI

Reprodução/EQI

Ativos com maior e menor liquidez

Só para você ter uma ideia, hoje existem no mercado ativos “super líquidos”, como os títulos públicos, por exemplo. 

Mas, existem mercados praticamente sem liquidez ou com liquidez muito baixa, como o mercado de COE, mercado de emissões bancárias: os CDBs, as LCIs, LCAs. E também os mercados de crédito privado como os de CRI, CRA e Debênture

Então, a finalidade do mercado secundário é oferecer ao investidor a liquidez para os ativos menos líquidos. 

Como funciona o mercado secundário na prática?

Digamos que você, investidor, queira vender um CDB pré-fixado, comprado a uma taxa de 10% a.a., faltando 3 anos para o vencimento.

Primeiro, é preciso informar o desejo de vendê-lo no sistema da EQI Investimentos, através do seu assessor.

A EQI, por sua vez, fará uma cotação deste papel no mercado. Contudo, é importante que essa cotação seja atrativa o suficiente para que ela encontre um comprador. 

Por exemplo: se hoje no mercado primário da EQI, o melhor CDB de 3 anos da plataforma é oferecido a 12% a.a., logo, o CDB que você está querendo vender no mercado secundário precisa ser mais atrativo. 

Então, se este CDB for oferecido a 12,5% a.a., ele se tornará mais atrativo que os CDBs oferecidos no mercado primário. 

Assim, os compradores irão aparecer facilmente e você, como vendedor, irá ficar satisfeito, porque conseguirá atrair um comprador. 

Logo, receberá o recurso e terá dado a liquidez para o seu título.

Já o comprador também ficará feliz, pois conseguiu comprar um CDB a uma taxa superior à do mercado primário.

Entendido até aqui? Então, agora vamos falar de custos. 

Quais são os custos do mercado secundário 

Vamos supor que você adquiriu um CBD contratado a uma taxa de 10% a.a. no mercado primário e quer torná-lo atrativo no mercado secundário. Para isso, terá de oferecer 12,5% a.a.

Dessa forma, você terá de abrir mão de 2,5% a.a. de rentabilidade – que é a diferença entre a taxa de emissão e a taxa que gera atratividade – também chamada de “taxa de mercado”.

Esse custo para tornar o papel atrativo vem na forma de “deságio”. 

Digamos que, hoje, esse CDB que você queira vender no mercado secundário tenha o valor de R$ 100 mil. 

Para tornar esse CDB mais atrativo, você terá de dar um deságio de 2,5% a.a. x 3 anos (tempo que falta para liquidar este ativo), que irá resultar em 7,5%. Logo, este CDB de R$ 100 mil será resgatado por R$ 92.500 mil. 

É assim que funciona o mercado secundário.

Lembrando que o deságio não é em cima do valor de compra, mas sim, em cima do valor da posição atual do investidor.

Espero que este artigo tenha lhe ajudado a compreender melhor o mercado secundário de renda fixa. 

Caso queira usá-lo para dar liquidez aos seus papéis, fale com um assessor da EQI Investimentos!

Por Denys Wiese, head de renda fixa da EQI Investimentos.