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ETFs de renda fixa: vale a pena investir?

ETFs de renda fixa: vale a pena investir?

Os ETFs de renda fixa têm ganhado espaço nas carteiras dos investidores brasileiros, mas será que eles são, de fato, uma boa opção? Para entender melhor os prós e contras desse tipo de ativo, João Neves, analista da EQI Research, explicou como funcionam esses fundos e em que situações eles podem fazer sentido.

ETFs de renda fixa: afinal, o que são eles?

Segundo Neves, ETFs (Exchange Traded Funds) são fundos que replicam um índice de referência — no caso da renda fixa, geralmente índices como o IMA-B, que representa uma média dos títulos públicos atrelados à inflação (NTN-Bs) emitidos pelo Tesouro Nacional.

“Eles são negociados diretamente na bolsa, como ações, o que facilita bastante o acesso dos investidores, sem a necessidade de recorrer ao mercado de balcão, que é menos transparente e mais complicado de operar”, explica o analista.

Benefícios: praticidade, diversificação e custo

Um dos principais atrativos dos ETFs de renda fixa é a praticidade. A compra e venda ocorrem via home broker, o que já representa uma grande vantagem em relação aos títulos individuais. Além disso, a gestão passiva — com objetivo de seguir o índice de forma próxima — reduz os custos com taxas de administração e elimina a taxa de performance, comum em fundos ativos.

“Você ainda ganha em diversificação. Muitas vezes, seria difícil ou custoso replicar individualmente todos os títulos que compõem um índice. Com o ETF, você já compra uma carteira diversificada pronta, com menos risco de concentração”, afirma Neves.

Outro ponto favorável é o rebalanceamento automático. Quando a composição do índice muda, o ETF se ajusta automaticamente, poupando o investidor de operações manuais, que seriam mais caras e trabalhosas.

Mas nem tudo são flores

Apesar das vantagens, há limitações importantes a considerar. Uma delas é a previsibilidade da rentabilidade. Diferente de um título individual, como uma NTN-B comprada diretamente, o ETF não garante uma taxa ou retorno específico. Ele é ajustado continuamente conforme as oscilações do mercado.

“Nos títulos comprados individualmente, você tem clareza sobre o prazo e a rentabilidade. No ETF, essa previsibilidade se perde um pouco”, alerta Neves.

A tributação também pode ser um ponto de atenção. Os ETFs seguem regras diferentes das aplicadas à escadinha tradicional do imposto de renda sobre os títulos de renda fixa. Isso pode impactar o retorno líquido do investimento, dependendo do prazo e da forma de resgate.

Outro aspecto relevante é a ausência de distribuição de cupons. Ou seja, os juros semestrais pagos por alguns títulos públicos não são repassados diretamente ao investidor no caso dos ETFs — eles são reinvestidos automaticamente. Para quem busca geração de renda, isso pode ser um problema.

Vale a pena? Depende do investidor

Neves ressalta que a escolha pelo ETF deve estar alinhada aos objetivos do investidor. Para quem busca praticidade, diversificação e baixo custo, eles podem ser uma ótima opção. Mas para quem prefere controlar prazos, rentabilidades específicas e receber renda periódica, os títulos individuais ainda são mais adequados.

“Os ETFs resolvem muitos problemas, mas também têm suas limitações. É importante entender o seu perfil, seus objetivos e seu horizonte de investimento antes de tomar a decisão”, conclui.

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