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Empresas que saíram da Rússia: confira lista e impactos

Empresas que saíram da Rússia: confira lista e impactos

Quais foram as empresas que saíram da Rússia?

Logo após o início do conflito armado entre Rússia e Ucrânia, várias empresas anunciaram o fim de seus negócios em solo russo. Isso tem impactos profundos na economia desse país. 

Este artigo elenca as principais empresas que saíram da Rússia até agora.

Quais as empresas que saíram da Rússia?

Como modo de retaliação à Rússia, que invadiu a Ucrânia na madrugada de 24 de fevereiro, dando início ao maior conflito na Europa desde a Segunda Guerra Mundial, diversas empresas abandonaram suas atividades no país.

Empresas que saíram da Rússia, porque elas fizeram isso?

Mas, o que levou essas companhias a tomar essa decisão?

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Cada vez mais as organizações ao redor do globo estão imersas em sua função de cumprir um papel social. Os consumidores tendem a prevalecer marcas que prezam por essa faceta do mercado.

O objetivo principal de uma empresa privada ainda é o lucro, que ninguém se engane. E não há nada de errado com isso.

No entanto, é justamente por esse viés que as empresas saíram da Rússia após a deflagração do conflito. Manter suas operações naquele país poderia ser interpretado como apoio à invasão.

As consequências desse tipo de leitura pelo mercado consumidor poderia trazer sérios danos à imagem de qualquer companhia que insistisse na permanência de seus negócios em solo russo.

Outros motivos das empresas que saíram da Rússia

Algumas das empresas que saíram da Rússia, como é o caso das gigantes do setor de petróleo, acompanham as sanções colocadas pelo Ocidente à economia russa, à medida que retiram suas participações em negócios locais.

Já algumas outras preferiram suspender temporariamente as operações, à espera da resolução do conflito, como é o caso das montadoras.

Quais empresas que saíram da Rússia logo no começo da guerra?

Acompanhe a lista de algumas empresas que já não têm mais negócios em solo russo. 

Shell está entre as empresas que saíram da Rússia 

Entre as empresas que saíram da Rússia, o anúncio do abandono das operações da Shell tem um grande impacto na economia local. A razão disso é o tamanho das operações da empresa, sobretudo na área de gás natural.

Ao nordeste da Rússia, por exemplo, a Shell mantinha uma unidade de negócio denominada Sakhalin 2, com uma participação de 25%.

Lá eram produzidas nada menos que 11 milhões de toneladas de gás natural liquefeito por ano, com expressivas exportações para a China e o Japão.

Unilever

A empresa de bens de consumo Unilever foi um tanto quanto radical em seu posicionamento entre as empresas que saíram da Rússia. Ela decidiu interromper nada mais nada menos que todas as importações e exportações.

Adicionalmente, ela anunciou que não investirá mais no país, além de suspender toda e qualquer publicidade no país.

No entanto, a companhia disse que continuará a fornecer produtos ligados à alimentação e higiene pessoal, provavelmente por entender a necessidade do povo em um momento delicado como esse.

Mas esse anúncio veio acompanhado da notícia que a empresa não obterá lucro com a venda desses insumos.

McDonald’s

O anúncio da paralisação por tempo indeterminado das operações do McDonald’s entre as empresas que saíram da Rússia foi considerável. A empresa opera no país há mais de 30 anos e acumula um total de 847 restaurantes.

Somando os funcionários de todas as franquias instaladas no país, estamos falando de nada menos que 62 mil pessoas. Isso pode ser entendido como 62 mil famílias, o que aumenta ainda mais o número absoluto.

Para aliviar os impactos negativos da decisão de paralisar as atividades, o McDonald’s decidiu manter os salários pagos aos colaboradores mesmo enquanto durar a paralisação. 

Empresas que saíram da Rússia: Starbucks

Outro impacto significativo na economia russa entre as empresas que saíram da Rússia foi a suspensão das atividades da loja especializada em cafés Starbucks. A razão disso é que existem atualmente mais de 2000 parceiros sediados no país.

O anúncio incluiu o envio de todos os produtos da empresa a partir da Rússia. No entanto, também foi anunciado o suporte necessário aos parceiros que dependem desses negócios como forma de não desampará-los.

Empresas que saíram da Rússia: quais são as consequências?

Por incrível que pareça, as consequências da movimentação das empresas que saíram da Rússia não se restringem somente ao país em questão, mas tendem a se espalhar por todo o mundo.

De forma direta, é provável que o desemprego avance consideravelmente na nação russa. Várias empresas que abandonaram o país possuem instalações industriais responsáveis pela geração de muitos postos de trabalho.

Além disso, a moeda oficial da Rússia, o rublo, vem sofrendo forte desvalorização. Isso decorre do aumento da inflação trazida pela maior impressão de dinheiro pelo governo.

Há de se considerar também o aumento de preço nas commodities produzida pelos dois países envolvidos no conflito. Os EUA suspenderam a compra de petróleo russo e isso contribui para a elevação de seu preço.

O trigo, fartamente produzido pela Ucrânia, também atingiu máxima histórica, com elevação de mais de 45% em seu valor. Já o níquel atingiu o preço de US$ 100 mil a tonelada.

Como todos esses produtos fazem parte do consumo mundial, direta ou indiretamente, a elevação de seus custos atinge todos os países. Provavelmente será visto aumento inflacionário, com todos pagando a conta no final.

Como as empresas que saíram da Rússia podem se equilibrar social e financeiramente?

Em um primeiro momento, pode ser que a impressão passada seja de que somente o estado russo estaria perdendo com as empresas que saíram da Rússia, mas não é bem assim.

As organizações também deixam muito lucro para trás. A britânica BP do setor de petróleo e gás, por exemplo, calcula prejuízos de cerca de US$ 25 bilhões ao desfazer sua parceria com a Rosneft, petroleira russa.

No entanto, ainda assim as organizações deixaram a Rússia em debandada e a explicação disso é que o custo de uma neutralidade pode ser ainda maior do que as perdas mais imediatas.

Novamente, há de se ressaltar o apelo da comunidade mundial por tolerância para com as diferenças e, acima de tudo, para com a liberdade.

Devido a diversos acontecimentos trágicos na humanidade, como guerras passadas, esses valores passaram a ter maior representatividade na vida das pessoas. Violá-los é algo inadmissível para o cidadão comum que vive em países livres.

Assim, podemos entender que por mais que existam perdas financeiras imediatas para as empresas que abandonaram seus negócios na Rússia, os valores ligados à liberdade humana vêm em primeiro lugar.

Empresas que saíram da Rússia: como está a situação agora?

O conflito entre Rússia e Ucrânia já perdura há meses, sem chance de resolução à vista. 

Em setembro de 2022, o governo da Rússia fez o anúncio da anexação de quatro regiões da Ucrânia. “Os resultados são conhecidos, bem conhecidos”, afirmou o presidente russo ao comentar sobre a conclusão dos referendos, que são considerados ilegais pelos países ocidentais e pela Ucrânia. 

Contudo, Putin destacou que os resultados são válidos uma vez que eles refletem a vontade de milhões de pessoas, além de impor o direito da autodeterminação daquele povo.

Os territórios anexados pelos russo são os oblasts pró-russos em Luhansk e Donetsk, no leste, e em Kherson e Zaporizhzhia, no sul, que somados representam 18% da Ucrânia. 

“O Ocidente está procurando novas oportunidades para nos atingir e sempre sonhou em dividir nosso estado em estados menores que lutarão uns contra os outros”, declarou Putin sobre as críticas dos países pró-Ucrânia. 

“Eles não podem ficar felizes com essa ideia de que existe esse grande país com todas essas riquezas naturais e pessoas que nunca viverão sob uma opressão estrangeira”, complementa.

Governo Russo declara lei marcial 

Em outubro de 2022 Vladimir Putin declarou lei marcial nesses territórios. De acordo com o direito internacional, a ação é considerada ilegal e a maioria dos países do mundo não a reconheceu. A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) votou uma resolução condenando a atitude.

Empresas que saíram da Rússia: o que significa a lei marcial?

As medidas impostas na lei marcial implicam em restrições para a população. No entanto, seus limites não são claros. 

Além disso, o decreto deixa aberta a possibilidade para estender essas restrições se necessário.

A lei marcial foi aprovada em 2002 e foi invocada pela primeira vez agora. Ela só pode ser usada em face de uma “ameaça imediata de agressão” contra a Rússia.

Assim, a recente anexação permitiu a Putin, segundo o sistema jurídico russo, reconfigurar a invasão da Ucrânia como uma reação à “agressão ucraniana a territórios”.

Entre os possíveis efeitos está a declaração de uma mobilização parcial ou geral nos territórios afetados, estabelecimento de restrições de movimentação da população e toques de recolher, além de remanejamentos massivos de pessoas.

Além disso, um segundo decreto emitido por Putin estabelece um “nível médio de alerta” para regiões russas próximas à fronteira, como Krasnodar, Belgorod, Bryansk, Voronezh, Kursk e Rostov, e também para a península ucraniana da Crimeia, anexada em 2014, e avança com maior clareza algumas medidas ali tomadas por Moscou.

Sem esclarecer limites claros, as autoridades locais também estariam habilitadas “a tomar medidas para reforçar a ordem pública e proteger as instalações militares”. 

E quanto às empresas que saíram da Rússia? Como elas ficam em meio a todos esses acontecimentos?

Entenda mais sobre o conflito e as empresas que saíram da Rússia nessa conversa entre Luis Moran, Head de Research e  Oliver Stuenkel, professor associado de Relações Internacionais na Fundação Getulio Vargas (FGV) e coordenador do programa de pós-graduação da Escola de Relações Internacionais da FGV).

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