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Quais são as perspectivas para o dólar? Confira

Quais são as perspectivas para o dólar? Confira

O real foi uma das poucas moedas que conseguiu se valorizar frente ao dólar em 2022. A inflação mais alta dos Estados Unidos (EUA) nos últimos 40 anos provocou uma forte reação do Federal Reserve (Fed) em aumentar a taxa de juros na principal economia do planeta, cujo intervalo está na faixa dos 4,25% a 4,50% ao ano. 

Contudo, 2023 deve ser desafiador para quem investe na moeda norte-americana, visto que o cenário exterior ainda continua complicado, com um risco de recessão nos Estados Unidos e um contexto político recheado de incertezas do governo Lula III.

Diante disso, o portal EuQueroInvestir elaborou um artigo com as perspectivas para o dólar em 2023.

Perspectivas para o dólar em 2023: contexto

Embora grande parte dos países tenha controlado os efeitos sanitários da pandemia de Covid-19, a doença ainda influencia a economia no mundo.

A persistência das medidas de distanciamento social provocaram uma forte demanda reprimida. Com isso, a reabertura da economia trouxe uma das maiores pressões inflacionárias dos últimos anos e combustível mais caro, que teve o seu preço elevado com o conflito entre Rússia e Ucrânia. 

Diante disso, o Federal Reserve (Fed) decidiu ter uma proposta mais hawkish, ou seja, com aumentos seguidos na taxa de juros para segurar a inflação norte-americana. Diante disso, os investidores tendem a ir para os títulos do tesouro americano, que são considerados os mais seguros do mundo e que pagam, em cenário de juros elevados, uma boa rentabilidade. 

A consequência destes fenômenos provocou uma valorização do dólar em comparação com outras moedas, como o euro, iene, libra, dentre outros.

Apesar disso, o câmbio conseguiu fechar 2022 em alta de 5,32%, cotado a R$ 5,2780.

gráfico com cotação dólar
Fonte: Valor Pro

Por que isso aconteceu?

Segundo o coordenador do Centro de Macroeconomia Aplicada (CEMAP) da EESP-FGV Emerson Marçal, a situação do Brasil é positiva. Isso é possível porque o país tem reservas em dólar, os termos de troca (a relação entre preços de exportação e importação) estão favoráveis, além de não ter nenhum desequilíbrio macroeconômico. 

Argumento corroborado pelo economista-chefe da EQI Asset, Stephan Kautz. 

Por fatores domésticos, o dólar tem segurado um pouco o nosso otimismo porque quando a gente olha lá para fora, a gente acha que o real deveria estar mais próximo de R$ 5. A gente tem um movimento que está começando bem forte nos fundos da asset e a gente está começando a se posicionar no momento de depreciação do dólar em termos globais”, afirma Stephan. 

E quais são as perspectivas do dólar em 2023?

Com uma leitura tão complicada para os próximos 12 meses, as avaliações para dólar estão mistas. Há quem considere que a eleição de Luiz Inácio Lula da Silva pode aumentar o fluxo de investimento estrangeiro no Brasil, com a adoção de metas para reduzir o desmatamento e emissões de gases de efeito estufa. 

Além disso, o risco de recessão dos Estados Unidos pode antecipar a queda dos juros. O head de câmbio da EQI Investimentos, Alexandre Viotto, afirma que a tendência em 2023 é manter o processo de desvalorização frente às outras moedas, por conta da desaceleração da economia americana. 

Então isso pode fazer com que o Banco Central de lá, o FED, acabe desacelerando as altas ou até suspendendo as altas. Já tem gente falando até em começar a derrubar a taxa de juros em meados do segundo semestre do ano”, disse. 

Kautz fez uma leitura semelhante a essa. “O Fed sinalizando que vai parar de subir os juros ao final do quarto trimestre do ano que vem. O dólar já começou a apanhar contra o euro, é um movimento bastante forte, contra o iene, com o movimento do Banco Central do Japão falando de uma possibilidade de subir os juros ou não ser tão dovish”, avalia.

Com este cenário externo, Viotto entende que o dólar, em 2023, tende a ser mais fraco, mas ele aponta que o momento interno do Brasil pode prejudicar o desempenho do real contra o dólar, visto que a moeda americana é o principal termômetro da economia brasileira.

Governo Lula pode atrapalhar?

Os três analistas ouvidos pelo portal EuQueroInvestir concordam que o fator fiscal é a principal preocupação. Marçal aponta que a ampliação dos gastos públicos sem compromisso de controle fiscal pode manter índices altos de inflação, o que sinalizaria uma valorização do dólar. 

Kautz explica que o real poderia se beneficiar do fator externo, mas com a expectativa do aumento de gastos e incerteza fiscal segura um desempenho melhor. “Então, é um movimento pra cada lado e não sai muito do lugar, com uma projeção para o ano que vem, com R$ 5,40 – R$ 5,45, e deve fechar esse ano na casa dos R$ 5,20 e R$ 5,30”, argumenta o economista. 

Já Viotto cita que o momento atual é muito preocupante e faz uma leitura sobre o início do governo. 

Apesar da gente ter tido uma euforia, que na minha opinião foi totalmente sem fundamento, logo após Lula ter sido eleito, uma vez que imaginava-se que esse governo queria perseguir metas de superávit primário, que não iria romper teto de gasto e tudo mais, isso tudo se esvaeceu depois da escolha de um nome político para o Ministério da Fazenda [com a escolha de Fernando Haddad] e não técnico”, descreve Viotto. 

Ele ainda declara que toda essa história deixou o mercado preocupado, principalmente com as discussões da PEC da Transição (Proposta de Emenda à Constituição) com gastos fora do teto que começou com duração de quatro anos e foi reduzida para apenas um.

Mesmo que a gente tenha ventos lá de fora mostrando um dólar menos forte por conta da questão política e da macroeconômica no Brasil, a gente pode ter o real se desvalorizando tanto que esse movimento, essa queda de juros que a gente pode ter lá, fora vai acabar servindo de nada e o real tende a perder valor frente ao dólar, que é um pouco do meu call”, explica.

Dito isso, Viotto avalia que o dólar tem mais possibilidades de alta do que baixas no ano, dado o cenário político. 

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