O TikTok planeja suspender o uso de seu aplicativo nos Estados Unidos a partir deste domingo (19), caso a proibição federal determinada por uma lei sancionada em 2023 entre em vigor.
Segundo a Reuters, fontes familiarizadas com o assunto afirmam que a empresa estaria se antecipando ao bloqueio de novos downloads estipulado pela legislação, interrompendo completamente o acesso ao app por usuários existentes, a menos que a Suprema Corte intervenha para suspender a medida.
Conforme os planos da empresa, os usuários que tentarem acessar o TikTok a partir de domingo verão uma mensagem pop-up explicando a proibição e oferecendo a opção de baixar seus dados, incluindo informações pessoais e históricos de vídeos.
Essa estratégia contrasta com a legislação, que prevê apenas a remoção do aplicativo das lojas da Apple e Google, permitindo que usuários atuais continuem a utilizá-lo por algum tempo.
O TikTok, controlado pela ByteDance, não comentou oficialmente o plano.
A ByteDance, cuja estrutura acionária é composta por 60% de investidores institucionais como BlackRock e General Atlantic, responde o prazo estabelecido por uma lei assinada pelo presidente Joe Biden em abril de 2023, que exige a venda dos ativos da empresa nos EUA até 19 de janeiro de 2025 ou a imposição de uma proibição nacional.
Disputa legal e apelo à Suprema Corte
Na semana passada, a Suprema Corte deu sinais de que poderia manter a legislação em vigor, apesar de apelos de parlamentares e do presidente eleito Donald Trump para estender o prazo.
Trump, que assume o cargo um dia após a entrada em vigor da lei, argumenta que deveria ter a oportunidade de buscar uma “resolução política” para o caso.
A ByteDance contesta a medida, afirmando que ela viola a Primeira Emenda da Constituição dos EUA, que protege a liberdade de expressão. Em um processo judicial recente, o TikTok afirmou que, se a proibição durar um mês, cerca de um terço dos 170 milhões de norte-americanos que utilizam o aplicativo deixariam de acessá-lo.
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ByteDance avalia venda para Elon Musk
Diante do risco iminente de proibição, rumores sobre uma possível venda das operações norte-americanas do TikTok ganham força. De acordo com a Bloomberg, a ByteDance estaria considerando vender o controle da plataforma nos EUA para Elon Musk, que já é proprietário de uma rede social, o X.
No entanto, essa possibilidade encontra resistência. Um representante da ByteDance classificou a informação como “ficção” e se recusou a comentar.
Autoridades chinesas e executivos da companhia discutem a hipótese, mas a ideia desagrada o conselho da ByteDance, que continua apostando em uma solução legal junto à Suprema Corte.
O TikTok tem mais de 7 mil funcionários nos Estados Unidos e é utilizado por cerca de 170 milhões de norte-americanos. A plataforma de vídeos curtos, popular principalmente entre o público jovem, é uma das redes sociais mais acessadas no país.
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